Boa
noite a todos vocês,
Amanhã
– 18 de junho, Paul McCartney completa 70 anos.
Vamos
falar um pouco de nosso “Macca”, para que embelezemos ainda mais estas linhas
deste blog, com seu carisma, seu humor tipicamente inglês e sua genialidade
musical, marcas históricas de uma carreira brilhante, que deveria servir de exemplo
para muita gente que “se acha” por aí, quando o assunto é música e, mais especificamente,
rock.
James
Paul McCartney em Liverpool, em 18 de junho de 1942, filho de James “Jim”
McCartney e Mary Patrícia Mohin.
Teve
uma infância não muito tranqüila, devida às constantes mudanças que a sua família
fazia, porque sua mãe era funcionária da Prefeitura de Liverpool.
Iniciou
seus estudos no Liverpool Institute, em 1953, uma escola tradicional e muito
bem conceituada daquela cidade, onde estudavam futuros juízes e políticos da
Inglaterra. Entretanto, Paul não era bom aluno, fazendo pequenos furtos nas
lojas, para conseguir “itens de primeira necessidade”.
Com
o falecimento de sua mãe, de câncer nos seios, em 1956, seu pai teve que tomar
conta da família. Aliás, quando os Beatles ainda não eram “Beatles” (The
Quarrymen), no início da carreira, muitas vezes os rapazes iam à casa de Paul
para ensaiar e “Jim” preparava chá e bolo para eles, naqueles dias exaustivos.
Portanto, seu pai teve de também assumir as tarefas de casa, para poder criar
os filhos (Paul tem mais um irmão).
O
desencarne de sua mãe levou-o a citá-la em “Let it be” (“Mother Mary comes to
me...”).
Mesmo
com a piora da situação da família, seu pai, amante de Jazz, presenteou-o com
um trompete e, mais tarde, com um violão Zenith, ainda hoje em seu poder.
Amante
do rock, Paul conheceu John Lennon num festival na Igreja de St. Peter, em
Woolton, quando os Quarrymen haviam tocado lá quase três anos antes, em 6 de
julho de 1957. Com 14 anos, Paul já era um músico talentoso, na observação de
John, sabendo, inclusive, afinar o seu violão sozinho, coisa que nem mesmo
John, líder dos Quarrymen sabia.
A maior banda de rock de todos os tempos apresenta-se no programa de Ed Sullivam, em 18 de fevereiro de 1964 e invadem os EUA, abrindo as portas do rock inglês para aquele país... |
John,
por sua vez e, como líder da banda, convidou Paul, através de um amigo em
comum, a participar dela, e Paul aceitou.
Foi
questão de tempo, então, de Paul apresentar seu amigo a John: George Harrison,
em 1958. John também aceitou George no grupo. Paul e George estudavam juntos, no
mesmo colégio e começaram a tocar guitarra também juntos, ora na casa de um, ora
na casa de outro.
Segundo
Cynthia Lennon, John e ela “iam comprar peixe e batatas fritas (“fish and chips”,
o prato mais popular da Inglaterra), do outro lado da rua, quando George e Paul
vinham na hora do almoço” (do livro “John”, da mesma autora).
Estava
formada, a partir de então, a maior parceria de compositores da história do
rock – e por que não, da história da música: Lennon-McCartney.
Paul,
apesar da liderança de Lennon, sempre esteve à frente de seus amigos de banda,
no que toca à criatividade e à sustentação da mesma. Aliás, isso aconteceu com
maior frequência, quando os problemas internos de John começaram atrapalhar sua
brilhante carreira – nos idos de 1966, onde Paul “tomou a frente”, não só da
criação das músicas, temas, etc., mas também como liderança mesmo dos Beatles.
Nos
momentos finais da banda – 1968 em diante, Paul era o único que ligava na casa dos
outros três para que se reunissem e fossem gravar algo. Sempre, até o final,
quis manter os Beatles unidos e, quando viu que nenhum dos outros três quis mais
manter os Beatles, deu a primeira declaração do fim da banda, sendo, durante um
tempo, extremamente injustiçado por jornalistas mal informados, que o
intitulavam de o “responsável pelo fim dos Beatles”.
Paul
foi o grande idealizador impulsionador do maior disco de rock de todos os
tempos: “Sgt. Peppers Lonely Hearts Club Band”, de 1967, também compondo a
esmagadora maioria das músicas dos Beatles, a partir deste disco.
Paul "segura" o Pepper, praticamente "seu fiho", na festa de seu lançamento, 1º de junho de 1967, em meio ao "verão do amor". |
Este
ano – 1967 – marca também o falecimento de Brian Epstein, empresário dos
Beatles, fato que desestruturou completamente a banda, que se perdeu no meio
das finanças e na administração dos negócios atinentes aos Beatles. Paul teve
que tomar a iniciativa – John estava completamente perdido por Yoko, George
simplesmente não via mais sentido em pertencer aos Beatles, que o tolhia em
suas composições e Ringo nunca se deu mesmo para estas coisas, permanecendo
chateado pelas brigas - para conduzir as coisas, indicando seu cunhado para
dirigir os negócios, mas John e George foram contra, pois queriam Allan Klein,
antigo empresário dos Stones. Aí começaram as brigas. Era o começo do fim da maior
banda de rock que já se viu.
Sempre
foi o mais comedido dos quatro e, também não deixava de responder ao mundo
quando se lhe pedia a opinião nas questões graves que sempre nos envolviam. Foi
o último Beatle a experimentar LSD e foi o primeiro a deixar.
“Macca”,
com o fim dos Beatles, iniciou sua bem sucedida carreira solo, e logo depois
formou o Wings, que acabou no final dos anos 1970, voltando ele novamente em vôo
solo, convidando grandes músicos para tocar com ele (David Gilmour, do Pink
Floyd: o solo em “No more lonely nights” é dele; e também Ian Paice, baterista
do Deep Purple, entre outros), até entrar para o Guinnes Book, com o show no
Maracanã, em 1988.
Minha irmã e minha cunhada, na fila para entrar no show... |
Olha a tchurma aí, pessoal!!! Salve Paul Mc Cartney!!! (com exceção do "tédio" do meu sobrinho... Mal sabia ele o que tudo aquilo significava... |
Vista do palco e do telão... SHOW DE BOLA!!!... |
Em
1993 – 3 de dezembro, um sexta-feira, mais especificamente - , tivemos, eu e
minha irmã, a oportunidade de vê-lo num show maravilhoso e inesquecível para um
Pacaembu deslumbrado.
Recentemente,
em 22 de novembro de 2010, estivemos no estádio do Morumbi, novamente, para ver
Sir Paul McCartney – eu, Marluce – minha esposa, Elaine, Amarildo - irmãos,
Alani - cunhada e Geogre – sobrinho, num dia daqueles, típico paulistano: uma
baita chuva, impiedosa e, na hora em que começa o show, como se Deus ali estivesse
e determinasse a parada dela, instantaneamente – e ela parou, Paul inicia sua
segunda noite de show – cerca de 2h40 min, com minúsculos intervalos e uma
energia de dar inveja a qualquer vocalista destas bandinhas de hoje em dia,
tocando, inclusive e pela primeira vez, composições de John e de George. Dá
para imaginar que emoção?
Paul e seu inseparável baixo "Hofner", no show do Morumbi - 22/11/2010. |
É
por tudo isso que James Paul McCartney merece uma blogagem especial, de nossa
parte: Parabéns, Paul. 70 anos e mais de 50 de rock and roll. Nesta idade, com
este pique, você não precisará de “With a little luck”!!!
Ói nóis aí, na chuva - e no friiiiio, naquele dia histórico!!! |
Salve
Paul Mc Cartney!!!