domingo, 6 de dezembro de 2015

RUBBER SOUL: 50 ANOS!!! MTV: 50 ANOS!!!!

Boa tarde!!! Domingão no interior,,, Show de bola!!! Fim de semana "prolongado" é só alegria!!!

50 anos de RUBBER SOUL...

O mundo começava a não mais ser o mesmo... O mundo da música começava a não ser mais o mesmo... O mundo do rock começava a não ser mais o mesmo... Há 50 anos era lançado o disco que viria ser a grande transição da maior banda de todos os tempos...

Capa do meu estéreo, novo, com selo Parlophone...

Após o lançamento de Help!, os Beatles estavam exaustos. A Beatlemania começava a cobrar o seu preço. Em 13 de agosto de 1965 os Beatles chegavam à Nova York, para uma curta turnê nos EUA e no Canadá: 12 dias, 14 apresentações, com cerca de 320 mil fãs histéricas/histéricos.


O disco foi lançado assim, na Inglaterra, na época... Menos em estéreo. O disco original, de época, era MONO!

Nisto, houve a inauguração do Shea Stadium, um estádio erigido para abrigar partidas de beisebol. Recorde de público para uma apresentação, até então. Cerca de 55 mil pessoas gritando sem parar assistiram aos Beatles tocar naquela noite memorável, em que os quatro estiveram melhor do que nunca e também se divertiram melhor do que nunca.

Aí está: Contracapa do disco mono, inglês...

Este, sim, original: mono, Parlophone, que, logo, logo, minha agulha percorrerá!!!



Este é o compacto nacional, de 1966, de DAY TRIPPER/WE CAN WORK IT OUT... De 1966, mesmo!!!

Nesta estada nos EUA, encontraram-se com Elvis (que não lhes deu muita bola... Medo da sombra).
Voltando à Londres, em setembro de 1965, estavam mais ricos e menos, muito menos dispostos a continuar com as turnês, até porque Brian Epstein e George Martin ainda tinham em mente aquelas metas de 2 lp’s por ano, mais 4 compactos... Haja saco...


Curioso compacto brasileiro, com YESTERDAY (do Help!), de um lado e MICHELLE (do Rubber Soul) de outro...







Todos os meus compactos foram adquiridos ANTES da "febre", "modinha" de hoje em dia, do vinil... Paguei parcos R$ 1,00 (isto mesmo!), cada, de minha coleção... Hoje... aham... E quase todos em ótimas condições...

À essa época, a maconha e o LSD começava a fazer parte do cotidiano de, pelo menos um Beatle: John. Quanto à primeira, seguramente dos quatro. Mas John, em entrevista alguns anos depois, declarou que usava LSD quase todos os dias... Que turnê, que nada!!!


Meu LP nacional, dos anos 1970... As capas eram idênticas à inglesa, com um detalhe ou outro diferente, como o capitólio da Odeon, por exemplo...

E resolveram tirar “férias”. É durante estas “férias” que a música que fecha Rubber Soul, Run for your life, surgiu. E surgiu sob pressão, porque ainda sofriam aquela pressão por sucessos. John sempre a odiou e, claro, é o símbolo da TRANSIÇÃO, a qual nos referimos alhures. Esta música “convive” no LP com músicas proféticas, que captaram o que “estava no ar”: The Word já é, em si, um manifesto do amor universal, que viria a ser escrita meio ao verão do amor, dois anos depois: Ally ou need is love; com letras mais maduras (In my life, uma das melhores canções de todos os tempos); referências veladas às drogas (Day tripper, que é da mesma leva, mas foi lançada em single, junto com We can work it out, no mesmo dia de Rubber Soul), entre outros arranjos mais arrojados, pianos tocados em maior velocidade, buscando um tom mais barroco, etc.


Esta prensa dos anos 1970 do Brasil não é muito boa, tal como a dos anos 1960. Nesta daí, dos anos 1970, vinha com este encarte aí, para acomodar o disco...

Em outubro de 1965, portanto, o grupo grava nove músicas, mais duas que seria o compacto, o qual me referi. Entretanto, começavam a faltar músicas e inspiração, na medida em que as coisas começavam a exercer pressão nos quatro, que, acabaram ressuscitando WAIT, que fora gravada para o Help! e descartada.



Selo "canudinho", dos anos 1970... Este Rubber Soul é do ano em que nasci... Chique, hein? Comprado na CAROS E AFINS, antes da "modinha"... Não paguei tão caro, assim, mas hoje... Se eu fosse comprar...

No dia 26 de outubro, entretanto, deram uma pausa para as gravações e foram ao Palácio de Buckingham, para serem condecorados com a comenda MBE (Membro da Ordem do Império Britânico), das mãos da Rainha Elisabeth, o que provocou uma onda de DEVOLUÇÃO da medalha de veteranos de guerra, que não suportavam o fato de uma banda de rock – sinônimo de desordem e perversão da juventude – receber tal honraria. Guardadas as devidas proporções, tal como aconteceu recentemente aqui no Brasil, quando alguns destes “guerreiros” devolveram/recusaram “medalhas” e coisa parecida.

Ser golpista – destituir um governo eleito pelo povo, sem qualquer motivo jurídico/constitucional, pela força, ou não, É GOLPE, para os menos avisados, ou para os “bem” avisados -, e ser “terrorista” não tem diferença: São as duas pontas da ferradura (nos dias de hoje, no Brasil: PT e PSDB): parecem distantes, mas estão bem próximas. E, quando agimos com violência, é claro que recebemos violência; ninguém que plante vento pode esperar dias de sol, paz e tranquilidade. Assim, os golpes; assim as revoluções, assim as violências...

Contracapa do disco MONO nacional, de minha coleção.

A diferença, sempre, fizeram os Beatles, que eram referência para sua geração (e muito, muito ainda para as outras): recusaram estar em países que mantinham o povo sob opressão, ou coisa que o valha (no caso do BRASIL, à época, não só opressão, mas torturas, execuções, assassinatos, desaparecimento de pessoas, perseguições, etc.). Falo isto, porque, foi justamente neste período que se cogitou trazê-los para cá, em turnê, ideia logo rechaçada pelo grupo.

E fizeram mais: não como referência, mas como irreverência, bem ROCK AND ROLL: versão ventilada à época, e confirmada muitos anos depois, fumaram um baseado “básico” no banheiro do Palácio de Buckingham, “nas barbas” da Rainha, de toda a imprensa internacional que lá estava e de toda realeza. Então, para aqueles que acham isso, ou aquilo dos Beatles, é bom fazer uma boa (re)leitura da História. Por isso eram odiados pelos dois lados da ferradura: de um lado, eram um exemplo “da decadência do ocidente e do capitalismo”; de outro, “pervertores da juventude e agentes do comunismo internacional”. Havia, inclusive, várias teorias que “justificavam” as duas paranoias.
Nesse contexto, então, é que surge RUBBER SOUL, uma homenagem à SOUL MUSIC, que John e Paul adoravam.


Entre 3 e 11 de novembro de 1965, portanto, o disco era finalizado em Abbey Road, com Michelle, You won’t see me, The word, Think for yourself (de George) e What goes on, começada a ser escrita por Ringo, em 1963, e terminada pela dupla, para ele cantar. E ainda conseguiram gravar o disco de Natal para o fã clube.

Reparem como era o símbolo da Odeon, nos anos 1960... Só faltou o registro da CENSURA... Censura NUNCA MAIS!!!

A capa do disco é um assunto à parte: num primeiro momento, sugere-se as mudanças de percepção do grupo, em virtude do LSD, mas não foi bem assim, porque (ainda) não se tratava de um álbum psicodélico. Mas mostra nitidamente essa TRANSIÇÃO.

Rubber Soul representa, também, o primeiro disco “pop” da história a usar a cítara em suas faixas, em Norwegian Wood (The Bird has flown). Geroge ficou fascinado com o som dela nas gravações de Help!, nas Bahamas e, a partir daí, foi estuda-la e, mais tarde com Ravi Shankar.

Brian Wilson, o “líder” (sim, entre aspas. Há controvérsias) dos Beach Boys, banda do outro lado do Atlântico que, à época, começou ficar obcecado por concorrer e ser melhor que os Beatles, quando Paul levou os acetatos do disco para ele, em Los Angeles, disse, certa vez, que “quase pirou” ao ouvi-lo. É certo que Brian Wilson pirou mesmo, dado o seu estado, porque, jamais ele e sua banda conseguiriam fazer algo parecido. Nem com TONELADAS DE LSD!!!! Nem dois “PET SOUNDS”!!!


Nacional, mono, de 1966... Em 1965 não foi lançado o Rubber Soul no Brasil... Só em 1966. Em 1965 foi lançado o lp THE BEATLES '65, objeto de postagem anterior... Este encarte branco é de época e acomodava o lp, sem plástico.


OS PRIMEIROS VIDEOCLIPES DA HISTÓRIA: PRECURSORES DA MALFADADA MTV!

Com essa correria toda, programas de rádio, televisão, entrevistas, o grupo arrumou uma alternativa (sim, não havia INTERNET, COMPUTADORES...) para divulgar, ao mesmo tempo de tudo isso, suas músicas: contrataram uma equipe extremamente profissional e gravaram um OUT, DAY TRIPPER, HELP!, TICKET TO RIDE e I FEEL FINE.

Durante as filmagens de DAY TRIPPER.

IDEM...
 São, portanto, os primeiros videoclipes da história da música e do Rock. Daí surgiu tudo o que vimos nesse sentido.

O dia 3 de dezembro de 1965, então, marca três datas relevantes para o rock e para os Beatles: o início da última turnê deles na Inglaterra. Em Liverpool, por exemplo, foram recebidos 40.000 pedidos de ingresso – isso em 1965!!!, mas o teatro só comportava 2.500 lugares. Depois, somente viriam tocar na Inglaterra no telhado do prédio da Apple, em Londres; o lançamento de RUBBER SOUL e o compacto DAY TRIPPER/WE CAN WORK IT OUT.


Acabavam, assim, a Beatlemania, as letras “menina apaixonada por menino e vice-versa” e os arranjos simples e os temas juvenis: RUBBER SOUL representa, para nós outros, roqueiros, um disco importantíssimo e de TRANSIÇÃO, com o uso da maconha, influência de Bob Dylan e em meio a ideias e coisas que estavam no ar ou por acontecer: amores furtivos, paz e amor, temas adultos, mensagens subliminares sobre as drogas. A EMI teve que encomendar às pressas mais LP’S, pois foram vendidas mais de 500.000 cópias do RUBBER SOUL só na primeira semana e, do compacto, “apenas” 750.000. Os Beatles não eram mais os mesmos. O mundo estava mudando. O rock, depois de RUBBER SOUL, nunca mais seria o mesmo de seus primórdios e início dos anos 1960.

Há 50 anos... O Rock mudou. E, há um ano, o Alex também mudou. A roda da História é inexorável. Para mim, para todos e para o Rock. Pena que, para o Rock, está difícil.

RUBBER SOUL

O ano está terminando e, claro, vamos desejando um bom Natal a todos e que possamos ter um 2016 cheio de paz e amor para todos nós. Mais do que nunca, com disse John, em tom profético...










domingo, 9 de agosto de 2015

HELP! 50 ANOS!!!


Help!

Em "picture", comprado em Paris, em 2008... Mas é JAPONÊS!!!

Este é, curiosamente, o lado "A"!!!!

Bom dia a todos,

Antes de começarmos a falar dos 50 anos do filme Help! (lançado a 29 de julho de 1965), e do álbum HELP! (lançado em 6 de agosto), temos mencionar o lançamento do “single” “HELP!/I’M DOWN”, em 23 de julho, para “promover” o filme.

JAPA!!! Chique, hein???

25 euros... Comprei-o numa loja de vinis, em frente a Sorbonne, em Paris... Tinha muita coisa boa naquela loja, mas meus euros não davam, não!!!

Help! (gente, sempre com exclamação, quando formos tratar do filme e do disco, tá?), foi escrita por John e, com certeza, foi o início da mudança do jeito dele de escrever músicas: sai a temática namorado deixa namorada, etc., para deixar lugar aos temas da infância, dos sentimentos internos, etc. Influenciado por Bob Dylan e pela sua maconha, John, a partir daí então começava a escrever temas mais adultos, para uma geração que começava a crescer com eles, o que significava que as fãs adolescentes começavam a “perder terreno” e toda uma geração começava a prestar mais atenção nas coisas do mundo, que estavam em volta de si, o que culminaria em “Sgt. Peppers Lonely Hearts Club Band”, objeto de futura blogagem, mais do que super especial.


Meu "single" nacional, de época: reparem que Help! e I'm Down estão JUNTAS, num lado só do disco e, no outro lado (2), Dizzy Miss Lizzy (que fecha o lp inglês, no lado "B") e Yes it is (que só saiu em single... alguns meses antes de Help!!!


Outro compacto meu, agora com "outro lado": Not a second time e Till there was you, ambas do LP With the Beatles... de DOIS ANOS ATRÁS (1963!!!)!!!

John, então, começa a abordar seus “fantasmas”: traumas de infância, insegurança. E, talvez por isto, é uma de suas canções preferidas dos Beatles, por ser “tão real”, mas lamentou o fato de ela ter sido “transformada” de uma canção “à la” Dylan para mais uma canção alegre da banda.

Escrita em abril de 1965, na casa dele em Weybridge, Kenwood, com Paul, relata realmente um pedido de socorro de John, que, àquela época, começava a sentir os efeitos da fama, que começava a sufoca-lo e encurralá-lo: é fácil de verificar, no filme, que ele estava mais gordo (e mais preguiçoso), porque ele estava comendo e bebendo muito. Nas suas palavras: “Eu precisava ajuda. A música era sobre mim”. A fama começava a cobrar o seu preço.


Compacto nacional, da minha coleção: Já com o selo Odeon, da segunda metade dos anos 1960 e com a curiosa combinação: Yesterday (do LP Help!) e Michelle, do LP Rubber Soul, que é de dezembro de 1965!!!!

Recentemente, numa lista de 500 melhores rocks de todos os tempos, feita pela Rádio Kiss, de São Paulo, Help! ficou surpreendentemente em primeiro lugar, desbancando muita coisa boa de antes e depois de seu lançamento, em 1965.


Compacto nacional de 1965, com um desenho de Help!, mas com músicas do Please Please Me!!!! Que salada!!! 
“I’m Down” é uma tentativa de Paul de escrever uma canção no estilo Little Richard (Long Tall Sally, que eles mesmos regravaram). Como Paul disse, “Não é fácil escrever uma música de três acordes que seja inteligente. ‘I Saw Her Standing There’ foi o mais próximo que conseguimos.”. “She’s a Woman” também foi outra tentativa, mas que não deu certo, neste aspecto. Paul sempre se ressentiu de não ter ouvido música gospel, no começo. Os coros da igreja anglicana e as bandas do Exército da Salvação não ofereciam o mesmo tipo de formação para composição desse tipo de rock.
No show do Shea Stadium, que bateu recorde de público, num show, até aquela data – 56.000 pessoas gritando sem parar, “I’m Down” foi utilizada para encerrar o show e, naquela noite, John estava “em estado de graça”: é só ver o que ele fazia com o piano, no encerramento.

Esta não entrou no filme. Apenas foi utilizada para o “single”

Bem... Pelo menos por aqui, não inverteram as letras HELP... Explico lá embaixo!!!! Mas a capa é bem tosca, também...


Help! nacional... Este selo, "estrela azul", saiu na segunda metade dos anos 1960... Reparem no "repertório do lado 2: Só Ticket to Ride faz parte do Help! original...
O FILME

Trata-se do segundo longa metragem da banda. Àquela época, achava-se importante uma banda famosa enveredar-se pelas películas, tal como Elvis, e os Beatles não poderiam ser diferentes.

A exemplo de A Hard Day’s Night, a trilha sonora composta em nada tem a ver com o filme, que começou a ser filmado em fevereiro e terminou em maio de 1965, em vários lugares: ilha de New Providence, nas Bahamas, os alpes austríacos, Cliveden House, em Londres e os Twickenham Film Studios.

Contracapa: Lado 2 com I'm down (do "single" inglês), I feel fine (começo de 1965), Thank you Girl (de 1963), ambas saíram somente em singles, Ask me Why e P. S. I love you, do LP Please Please me... Se os Beatles achavam que a Capitol decapitava seus discos, a Odeon brasileira, então!...

Tenho os dois, nacionais: este é o ORIGINAL, com o selo azul, de 1965, e com som melhor do que o outro...


Para quem ainda não o assistiu, trata-se de um filme bem humorado, tendo novamente Ringo como protagonista, detentor de um anel que despertou a atenção de uma seita maluca, que o persegue até o final para adquirir a bijouteria, e mais dois “cientistas” atrapalhados que também o persegue. Algumas cenas foram filmadas no Palácio de Buckingham.

Dick Lester, o diretor, recebeu uma fita com as canções e escolheu seis, encaixando-as entre as cenas. Tais canções encontram-se no lado “A” do disco, inglês, e no nacional, dos anos 1970 para frente, já que, como era de costume, a Capitol, norte-americana, “fatiava” e adulterava os discos ingleses dos Beatles. Tanto é verdade que faço questão de não ter NENHUM deles em minha coleção.

Iniciada as gravações, foram rolos e rolos jogados na lata do lixo, descartados em função de retomadas e retomadas, porque os quatro não paravam de rir. Nesta época, eles fumavam maconha regularmente e, durante as filmagens, também. No filme dá para perceber que estavam alterados, em função da droga.  Mas... Ah, como eu queria estar com uma latinha de “lixo” dessas, por lá!... Que será que foi feito desses descartes hein?...


Help! nacional, dos anos 1970, já com as capas originais inglesas...

John resumiu assim, o período: “o período da maconha”.

Anos mais tarde, os quatro manifestaram sua insatisfação com o roteiro do filme e reclamaram que não passavam de figurantes em seu próprio filme.

Nos anos 1960, no Brasil, foi lançado o Help!, mas com a capa também adulterada (imitando a Capitol, tal como a ditadura fazia, puxando o saco e sendo financiada pelos norte-americanos), bem como com músicas que não faziam parte do disco.

O famoso selo "canudinho", dos anos 1970, da discografia nacional...


Nos anos 1970, com a popularização da fita cassette e dos tape deck's, oferecia-se também em cassette!!! E o famoso capitólio da Odeon... E da época em que DISCO ERA CULTURA!!!
O filme esteve em cartaz, aqui no Brasil, até a década de 1970, sendo um dos grandes sucessos da época, já que, para nós, como já lhes disse em postagens anteriores, os Beatles são, para a maioria dos brasileiros, ainda nos dias de hoje, “os reis do iê, iê, iê”, bons mocinhos, etc., tudo muito conveniente, meio misturado com jovem guarda, etc., num regime autoritário que a só isso permitia às pessoas. Sempre os ajustes políticos dos regimes autoritários...


LP estéreo INGLÊS, da minha caixa estéreo... LINDO!!!
A primeira vez que o assisti foi em 1995 (20 anos atrás, exatamente!), quando finalmente consegui comprar um vídeo cassette, em função de estar trabalhando na Blockbuster – vídeo locadora norte-americana, que aqui se instalara pela primeira vez, no bairro do Itaim, em São Paulo. A propósito, eu o colocava toda vez em que chegava à loja (na loja da Moóca, na Av. Paes de Barros) e... era IMEDIATAMENTE ALUGADO!!!! Nem dava para eu o assistir!!! Até que, um dia, consegui EU, FINALMENTE, leva-lo para casa. Era um filme de “catálogo” e nós, funcionários, podíamos leva-lo no final de semana. Somente os filmes de “lançamento”, que não! Todo mundo já sabia que eu havia acabado de chegar à loja... Quando ouviam... “HELP! I NEED SOMEBODY... HELP!...”


Selo Parlophone, original, inglês.... A famosa capa é quando os quatro "caem" na neve, no meio do filme... Histórico!!!

Bem, o disco, já perdi as contas de quantas vezes eu o ouvi...

A “première” do filme foi no histórico LONDON PAVILLON, onde lá estive, no ano passado (que saudades... Há exatamente 1 ano eu estava em Liverpool e em Londres, com minha esposa, minha irmã beatlemaníaca e meu cunhado...).

O DISCO

O álbum foi lançado após o filme – que já fazia sucesso -, em 6 de agosto de 1965.
No lado “A” encontramos as músicas do filme; no lado “B”, canções compostas logo após o sucesso de “Beatles for Sale”, isto é, no começo de 1965.

Não por acaso, a posição dos quatro rapazes de LIVERPOOL, na capa, significa "HELP", em linguagem internacional de sinais por bandeiras.

Em muitos países, entretanto, a posição dos quatro, na capa, foi mudada, como nos EUA, naquele disco MEDONHO que eles lançaram por lá: O resultado é "HPEL", já que a sequência correta é: George, John, Paul e Ringo. No norte-americano, fizeram uma montagem esdrúxula, passando o Ringo no lugar do John e colocando Paul por último... Igualzinho às músicas do lado "B", que foram simplesmente todas trocadas, pela "trilha sonora" do filme, isto é, algumas partes instrumentais do filme. Simplesmente ridículo e, claro, a mudança de ordem de Ticket to Ride e You're Gonna loose that girl... 

No disco nacional, na “Help!”, há a introdução de James Bond (tandaramdamdamdamdam!!!), que é utilizada no filme, entre uma cena e outra. Quem nunca a ouviu, com essa introdução, vale a pena ouvir! 




LP MONO inglês, original da minha caixa MONO... Igualzinho ao que saiu na Inglaterra, há 50 anos!!!

Trata-se de um dos meus LP’S favoritos. Os Beatles estavam crescendo musicalmente e este LP marca bem essa “guinada”.

Não vou destacar esta ou aquela música, já que fica difícil elogiar uma a uma. Peguem o disco e ouçam, do começo ao fim. Como eu já o ouço desde pequeno (há pelo menos 40 anos!), fica mais fácil este tipo de sugestão.

Atentem apenas para o seguinte: uma das mais belas canções da história fonográfica figurar no lado “B”: “Yesterday”. Sabemos que as músicas, nos discos, quando tinham “lado”, o lado “B” era reservado para aquelas canções em que as bandas relegavam a um segundo plano, mesmo... Imaginem vocês, a maior banda de rock de todos os tempos, “relegando para um segundo plano” uma canção desta... É, meus amigos, a coisa era nivelada por cima, mesmo!... E tem gente ainda que acha discutível ser os Beatles a maior banda de todos os tempos... Tsc, tsc...


LP MONO... Imaginem vocês, quando minha agulha começar a percorrer os sulcos...

Tudo isso está fazendo meio século de vida: tudo isso foi construído para valer através dos séculos... A música dos Beatles atravessará os séculos, e há de ser eterna...

Só a título de curiosidade, HELP! foi DISCO DE OURO NO DIA DE SEU LANÇAMENTO: Explico: somente as encomendas do disco (antes da venda), ultrapassavam 1 MILHÃO DE CÓPIAS... Isso lá em 1965... Vocês tem ideia do que representa isso, em termos de popularidade e vendas, sendo que, praticamente dispunha-se somente do rádio como "mídia"? Imaginem vocês, os Beatles, nos dias de hoje, com sua qualidade sonora, com a "internet"...

Quando eu fui para a Inglaterra, há exatamente um ano, eu ainda punha dúvidas em mim mesmo, se e até quando e até quanto eu era Beatlemaníaco... Bem... Voltando de lá, acho que eu agora tenho muita certeza, de quando e quanto os Beatles fazem parte e significam para mim, principalmente naquela tarde, lá no Philarmonic, em Liverpool, onde eu e a Marluce comemos “fish and chips”... Ou, quando entramos na Savile Row, também numa tarde londrina, para conhecermos o famoso prédio da Apple...





Nós, no Philarmonic, em Liverpool...

Por do sol do Hotel, em Liverpool, há um ano!!!

Bem, vamos parar por aqui, porque dá muita saudade da Inglaterra e daqueles momentos...
Assistam ao filme e ouçam o disco. Vale a pena.

Alex

A título de registro, vendemos o nosso Opala, que se foi na última terça-feira, dia 4. Penso que viramos mais uma página, difícil de virar.

Última sessão de fotos do Opala... Vai deixar muitas saudades!!!

1965 marca, também, o surgimento do Pink Floyd, ainda com Bob Klose na guitarra, ao lado de Syd “Gênio” Barrett... Depois, é só história...