domingo, 28 de abril de 2019

GET BACK/DON'T LET ME DOWN - 50 ANOS!!!


Boa tarde!

Estamos de volta para conversarmos acerca dos 50 anos do lançamento do compacto “Get Back/Don’t Let Me Down, mais precisamente lançado no dia 11 de abril de 1969.

Trata-se do primeiro compacto dos Beatles lançado nos EUA em estéreo e o primeiro compacto cujos créditos como produtor não foram concedidos a George Martin, já que Paul e o Glyn Johns produziram ele.

Meu compacto nacional, de 1969...

São duas das músicas do “Projeto Get Back” que já estavam prontas, mas com a iminente dissolução da banda, não se tinha algo para lançar depois do show no telhado.

O detalhe é que esta versão de “Get Back”, do compacto é um pouco diferente da versão “oficial” que saiu no “disco da discórdia” (logo falaremos o porquê), Let it Be.

Neste grande intervalo de tempo, ao qual me referi acima, Paul casou-se com Linda Eastman (12 de março) e oito dias depois é a vez de John e Yoko casarem-se em Gibraltar, cujas peripécias para o casamento seriam contadas na música “The Ballad of John &Yoko”, que seria lançada em single, no dia 30 de maio (objeto de nova postagem em breve).
O lado "B", com a maçã cortada na metade!!!

Também faz 50 anos do início dos “bed-ins for Peace”, organizados por John e Yoko, naquilo que foi a “lua de mel” deles, primeiro no Hilton, em Amsterdã e depois no Reine-Elisabeth, em Quebec, no Canadá, de 26 de maio a 2 de junho de 1969.

Foi incrível a cobertura da imprensa na época, e eles realmente conseguiram chamar a atenção para a mensagem que queriam passar. Aí nasceu a música “Give Peace a Chance”, lançada em 3 de julho de 1969, e foi creditada a Lennon-McCartney, mas que na verdade foi escrita ali, na cama, na hora, por John. Foi a forma que John escolheu para agradecer a gentileza de Paul, em “The Ballad of John”, já que somente os dois gravaram esta, sem a participação de George e Ringo.

Lindão!!


Bem, vamos falar um pouco das duas músicas do compacto.

GET BACK

Escrita por Paul, que declarou que, inicialmente tinha a ideia de escrever uma canção política, satirizando aqueles que achavam que os imigrantes da Inglaterra deviam ser repatriados. Aliás, trata-se de um tema recorrente, mesmo 50 anos depois, já que a xenofobia é a palavra de ordem na Europa nos dias de hoje. Se fizessem o que esse povo realmente queria, há 50 anos , não ia sobrar ninguém, principalmente em Londres, tomada por imigrantes de todas as nacionalidades, principalmente árabes e indianos.

Mesmo assim – e como o tema é mesmo recorrente-, anos depois Paul ainda teve que responder a muitos jornalistas, que perguntavam a ele se tinha passado por uma fase racista.

“Os versos não eram nada racistas. Se houve um grupo que não era racista eram os Beatles. Todas as nossas pessoas preferidas eram sempre negras”, disse Paul.

Quanto à gravação, Paul disse: “Estávamos sentados no estúdio e a fizemos do nada... começamos a escrever a letra ali mesmo... quando terminamos, nós a gravamos nos estúdios da Apple e a transformamos em uma música para curtir as mudanças”.

“Get Back” foi interpretada, na verdade, como um retorno às raízes musicais da banda, ou, para ser mais preciso, foi uma tentativa de Paul para fazer a banda voltar atrás, no relacionamento, nas gravações, etc., como “antigamente”, o que, obviamente, não deu certo. Fazer o relógio da vida andar para trás é a pior maneira de tentar fazer com que as coisas que não estão dando certo darem certo (basta ver o governo que elegeram no Brasil, no ano passado).

Quando foi gravada havia a tentativa, também, de se contar a história de Jojo de Tucson, Arizona, já que Linda havia morado um tempo por lá e Loretta Martin, que “thought she was a woman, but she was another man” (“achava que era mulher, mas ela era outro homem”). Nenhuma das duas histórias se desenvolveram na música e “Get Back” ficou como está: um rock.

Nas campanhas publicitárias da música, à época, elaboradas pela Apple, trazia-se o slogan “Os Beatles como a natureza queria” e “Get Back é o novo single dos Beatles. É a gravação dos Beatles mais ao vivo impossível, nessa era eletrônica. Não há nada de eletrônica nela. ‘Get Back’ é um puro rock de primavera”.


DON’T LET ME DOWN

John sempre se sentia inseguro com relação aos que o deixavam “let down” (decepcionado), por aqueles em quem confiava.

Foi a primeira música que ele escreveu para Yoko, como forma de um telegrama urgente, para, desta maneira, mostrar o quanto tinha sido influenciado por Yoko, ou por sua arte minimalista.

Há várias versões diferentes desta música, todas em single, já que fazia parte do “Projeto Get Back” e acabou ficando para trás, sendo ressuscitada na ocasião do lançamento do compacto.

Muito bem. Vamos parando por aqui.

Até a próxima conversa, onde falaremos de mais um compacto – “The Ballad of John & Yoko/Old Brown Shoe”.

P.S.: Tenho dito por aí e compartilharei com vocês que leem esse blog. Sei que muita gente mora fora do Brasil e não faz ideia do que se passa por aqui. Então vamos lá:

Que gentalha elegeram para “governar” o Brasil, hein? Que gentalha...

Gente sem um mínimo de capacidade intelectual, a grande maioria sem sequer capacidade moral para tocar uma nação de quase duzentos milhões de habitantes...

Fico imaginado de onde saiu tanta gente incompetente reunida num “governo” só...

Que tempos vivemos no Brasil... que tempos... que capítulo nefasto de nossa história..
.
Um “governo” eleito na base da mentira e do ódio (de classe), financiado por grandes corporações nacionais e internacionais, que ajudaram a disseminar a mentira e o ódio através do “whats app”...

Muitos, mas muitos por lá claramente não sabem o que lá estão fazendo, pensando que ainda estão em campanha eleitoral e esquecendo-se que são pagos (e muito bem pagos) com o dinheiro dos nossos impostos para fazer alguma coisa - pelo menos para os quarenta/cinquenta milhões de famintos que ainda nos envergonham como pessoa e como nação...

Fazer o relógio (da História) andar para trás...

A História costuma ser cruel com quem tenta engavetá-la... e com quem tenta fazê-la girar para trás também. A lata do lixo da História está aí, para quem quiser ver...