terça-feira, 7 de setembro de 2021

GET BACK!!! DE VOLTA! DEPOIS DE UM LONGO PERÍODO!!!

 Olá, "GET BACK"!!!.  voltamos depois de um longo período...


... Período este marcado pela pandemia de COVID-19 que, só no Brasil vitimou, em números atuais - 7 de setembro de 2021 - 583.866 pessoas, dentre elas o meu primo Gino Marcomini, fruto não da incompetência de nosso (des)governo, mas, sim, de uma atitude deliberada em simplesmente exterminar as pessoas para se atingir a chamada "imunidade de rebanho" (LEIA-SE: gado é quem o apoia), isto é, contaminar uma quantidade de pessoas suficientes para atingir tal meta. E, claro, da opção deliberada de optar, sem pestanejar, pela propina em vez da vacina, como já exaustivamente os fatos comprovam... O que se esperar de um governo NAZI-FASCISTA, corrupto, genocida?

Aliás, por falar em NAZI-FASCISMO, hoje se comemora, aqui no Brasil, o dia de sua Independência e, claro, o nazi-fascista que colocaram na presidência da República (falta de avisar não foi... Leiam a minha postagem sobre o risco que nossa democracia corria... em 2018...) está conclamando seus asseclas para "comemorar" o dia, pregando golpe de Estado... em pleno séc. XXI!!!!


O LP que nunca saiu... oficialmente, é claro!!!


Bem, voltamos também para batermos um leve papo sobre um lançamento que a EMI está preparando pra outubro...  A caixa do "Let it Be"...

Andei dando uma olhadela por aí nos "sites" e, pelo que consegui ver, trata-se de mais um "caça níquel" da EMI em cima dos Beatles, já que, novamente, a gravadora teima em não lançar o álbum que deveria ter sido lançado há mais de 50 anos: "Get Back", ficando, apenas, restrito a alguns colecionadores. Em resumo: é mais do mesmo.

Entretanto, não isento de culpa os próprios Beatles remanescentes e as ex-esposas dos dois desencarnados, já que a obra, necessariamente, tem que passar pelas mãos de todos os envolvidos, por razões contratuais e de direito autoral.

O único, aliás, na banda, que tinha vontade de lançar "Get Back" era John, mas, na época, ele estava, em verdade, com vontade de largar os Beatles e pouco ou nada fez para impulsionar isso. Se realmente quisesse, teriam lançado; George, em parte, partilhava dos mesmos sentimentos de John, no que se refere a "cair fora", mas, foi o primeiro a impulsionar o aberrante "Let it Be"; Paul nunca quis lançar, nem um, nem muito menos o "Get Back" (exceto pelo projeto original, mas logo largou a mão) e, Ringo, nestes tempos, eram raras as vezes que queria ou podia dar a palavra final em alguma coisa.

Quanto às ex-esposas, bem, Olivia, ex de George entrou na vida dele nos anos 1970 e hoje, bem ou mal, cuida dos direitos autorais que cabem a seu marido na obra dos Beatles; quanto a outra, todos sabem minha opinião a respeito, quando se trata de "Beatles" e "John Lennon", se alguém der algum peido, no universo todo, que tenha o nome de John ou que tenha o nome dele relacionado aos Beatles, ela é a primeira a afiar suas  insanas garras para cobrar os direitos autorais... 

Então, como absolutamente ninguém tem vontade de "contar a história" de forma correta, ficamos, mais uma vez, sem a verdadeira história da maior banda de rock de todos os tempos... e sem a sequência imaculada de "álbum branco", "Get Back" e "Abbey Road"...

Enfim, vamos seguindo e acompanhando os acontecimentos...

Nesse ínterim, também, mas não por COVID, meu cunhado, Edmur desencarnou... Foram boas conversas, boas risadas, durante quase 40 anos de convivência...

Uma das últimas vezes em que ele esteve aqui em casa, coloquei meu vinil do Uriah Heep - Demons and Wizards para ele ouvir, já que ele estava ouvindo pelo "spotfy", esse som que a galera de hoje ouve - com todo o respeito, "SOM DE LATINHA"...

Mas ele gostava, mesmo, era de Rock Progressivo, assim como eu, e ele andava ouvindo muito o Yes nestes últimos tempos...

E, bem sabemos que, para se ouvir (com "ouvidos de ouvir") essas bandas, só mesmo um excelente artefato de vinil, num bom toca discos e num excelente receiver...

Fiquei devendo a todos vocês uma breve resenha dos 50 anos do Rock Progressivo, mas, com sei que esse mundo da "internet" está cheio de informações, com certeza vocês as buscarão alhures...

Nessa pandemia (que está longe de acabar... acreditem!) procurei ficar em casa, trabalhando e colocando minhas leituras em dia... e, claro, cuidando de nossa casa...

Muita gente boa deixou-nos neste tempo.... Aqui no Brasil e no exterior... o filósofo José Arthur Gianotti, um dos grandes pensadores marxistas brasileiros... Este nos fará muita, mas muita falta... e, claro, Charlie Watts, um dos maiores bateristas da história...

Enfim, como todos veem, os Beatles continuam a me emocionar e, cada LP que coloco para ouvir, ainda soa como a primeira vez e enche-me de emoção... 

Derek Taylor, antigo assessor de imprensa dos Beatles e que resenhou os primeiros discos da banda, tinha razão, em 1964, quando, profeticamente, previu na contracapa de "Beatles for Sale" que "As crianças de 2000 d.C. encontrarão nessas músicas o mesmo efeito de bem estar e entusiasmo que elas tem sobre nós. Porque a mágica dos Beatles, eu desconfio, é perene e atemporal. É adorada em todo o mundo.".

Sim. É. E sempre será, pelo menos para mim, apesar de não ter sido "criança" depois do ano 2000... 








terça-feira, 8 de dezembro de 2020

ONDE VOCÊ ESTAVA HÁ 40 ANOS? O QUE VOCÊ ESTAVA FAZENDO?

 Boa noite a todos!!!


Onde você estava há exatamente 40 anos atrás? O que você estava fazendo?

Depois de um longo tempo voltamos para conversarmos um pouco sobre esta data - 8 de dezembro.

Durante esse longo hiato que separa esta da minha última postagem, muita coisa aconteceu... A pandemia de COVID-19 não acabou; conseguimos financiar nossa casa; meu cunhado voltou para o plano espiritual (ele foi um dos entusiastas da criação deste blog") e por aí vai...

Tive muito trabalho (remoto!) durante a pendemia... E ainda estou tendo, daí a dificuldade em arranjar tempo para escrever. Aliás, o como os patrões adoraram o trabalho remoto, não

Bem, hoje é jogo rápido: Onde você estava nesta data? Você se lembra? O que você estava fazendo?

Você nasceu depois?

Pois bem: no dia 8 de dezembro de 1980 fazia um tempo ameno (aqui no Brasil)... Nesta época do ano o tempo fica assim, aqui em São Paulo: chove, faz sol, abafado, venta... tudo num único dia... Neste dia, então, o tempo estava exatamente assim...

Eu estava, neste dia, jogando bola com meu antigo vizinho e amigo - Fernando (que já desencarnou) e não me recordo com quem mais, na "vila" onde morava no bairro do Tucuruvi (talvez o meu outro vizinho, Maurício, com certeza lá estava e acho que meu irmão Anselmo, também).

Eu ainda não havia começado os estudos... Tinha apenas seis anos e, como de costume, passava o dia inteiro na rua, jogando bola, empinando quadrado (quando eu tinha um, ou quando não tinha vento!).

Então, estávamos jogando bola e, como se tratava de uma "vila" (que existe até hoje), todos os moradores das três casas (a minha casa era a casa três) passavam por este "terreno" onde jogávamos bola.

Era final de tarde - por volta das 17 ou 18 horas - , um pouco antes de escurecer e tivemos que, pra variar, parar o jogo porque uma moradora ia começar a passar...

A despeito de termos que parar o jogo, daquela vez, no entanto, paramos o jogo de forma diferente: era minha irmã mais velha, que chegara do serviço naquele final de tarde de uma segunda-feira...

Ela estava chorando muito e isso chamou a atenção de todos e, claro, perguntamos a ela o que tinha acontecido e ela me respondeu: John Lennon morreu.

Jamais vou esquecer deste dia. Bem, o futebol encerrou mais cedo neste fatídico dia e entrei em casa pra tomar banho e ouvir o rádio (não tínhamos o hábito de assistir televisão em casa). Se me recordo muito bem, em 1980 a cidade de São Paulo devia ter no máximo dez emissoras de FM, na época

 Todas, mas todas as emissoras, sem exceção, tocavam músicas dos Beatles e músicas da carreira solo de John.

Era lá onde eu estava e o que eu fazia há exatos 40 anos atrás.


domingo, 17 de maio de 2020

LET IT BE COMPLETA 50 ANOS!!!


50 anos de LET IT BE!!!

Voltamos, depois de um longo período, nesse tempo de isolamento social por conta da COVID-19, para falarmos sobre os 50 anos do disco "Let it Be", lançado oficialmente na Inglaterra no dia 7 de maio de 1970.

Meus três exemplares de época: Estéreo, de 1970, mono, também de 1970 e outro estéreo, lançado nos anos 1970.


"Let it Be", o chamado "disco bastardo" dos Beatles "nasceu" antes de "Abbey Road", mas foi lançado posteriormente a este último, em 7 de maio de 1970, como filme, e depois uma caixa com o álbum, o filme e um livro foi preparada para lançamento e o disco, disponibilizado separadamente em novembro de 1970.

São dois estéreos, porque o primeiro foi lançado no Brasil com este selo "estereofônico" para diferenciar do MONO, que era o padrão no Brasil. Aliás, na Inglaterra NÃO EXISTE LET II BE EM MONO, já que os lançamentos dos Beatles, a partir de "Abbey Road" foram todos em ESTÉREO.

Por força contratual, os Beatles tinham que fazer um filme para a United Artists e, sem clima e nem contexto para realizarem algo do naipe de "A Hard Day's Night", ou "Help!", cumpriram o contrato com "Let it Be", que se trata, na verdade, de um documentário de cerca de oitenta minutos sobre o grupo, flagrado nos ensaios no Twickenham Studios, na Apple e, claro, o show no telhado, como já conversamos em postagem anterior.

Minha "raridade", em MONO!!! Nacional, claro!!! Com capa "sanduíche" igual ao estéreo... Uma curiosidade: a Odeon e as subsidiárias da EMI (London, Deram, etc) brasileiras lançavam os seus discos na época - e de quebra os dos Beatles - na chamada "capa sanduíche". A capa do disco vinha envolucrada dentro de um plástico lacrado... Quando a gente tira a capa do plástico, rasgando-a por dentro, para limpar, a capa sai novinha, novinha... Mas o plástico ainda cheira mofo e o papelão que sustenta a capa, também!!!



Meu "monão" original, de 1970... Pouca ou quase nenhuma gente tinha equipamentos de som em estéreo no Brasil, em 1970... Dá pra se contar nos dedos.. Por isso o MONO ainda era padrão, por aqui... E os discos em MONO são, digamos, um pouco mais fácil de achar por aí, já que venderam bem mais que os estéreos... Vejam bem: as pessoas passavam fome no Brasil - e ainda passam - de modo que, para se ter um vitrola, na época, não era fácil... Pra comprar discos, então...

Bem, o certo é que, o que se viu foi como se fosse um tratamento dentário interminável, isto é, como uma banda de rock se dissolve.
Em minhas postagens anteriores algures faço menção ao "Projeto Get Back", que consistia em se fazer um show e um documentário para a televisão. Deste "projeto" nasceu o álbum "Let it Be".
É o disco que marca (não cronologicamente, já que "Abbey Road" o faz) o fim de carreira da maior banda de rock de todos os tempos, porque, foi por conta dele e de suas dolorosas sessões que a banda se desfez.

Este exemplar, já em estéreo, foi lançado em meados dos anos 1970. Mais precisamente, estas edições foram lançadas a partir do ano de 1976 - e foram sendo sucessivamente lançados durante os anos 1970...

Para terminá-lo, por exemplo, Paul assumiu as rédeas (como houvera feito em Sgt. Pepper's, mas desta vez sem apoio dos outros três), pressionando a tudo e a todos, enquanto John e George ficaram na deles, revelando abertamente seu ressentimento.
Enquanto isso, e durante as gravações do álbum branco, fora nomeado o antigo empresário dos Rolling Stones, o norte americano Allan Klein como empresário da banda. Isso causou a primeira divergência séria entre, de um lado, John, George e Ringo e, do outro, Paul, que queria que seu cunhado, irmão de Linda Eastman, fosse o empresário da banda. Os outros três saíram vencedores.

Eles vinham com este encarte aí, para acondicionar o vinil. Aliás, este encarte "entrega o jogo" do ano de lançamento destes discos: na imagem vemos a cronologia inglesa de lançamentos dos Beatles... Se virarmos a capa veremos que o último LP estampado é uma coletânea lançada pela "Capitol" e espalhada pelo mundo chamada "Rock and Roll", em 1976. Um dia vamos fazer uma postagem só de coletâneas oficiais...

Allan Klein, que realmente fez um trabalho sério para a banda, não ficou satisfeito com os serviços do engenheiro de som Glyn Johns, contratado para cuidar das fitas de "Let it Be" e trouxe outro americano, o engenheiro de som Phil Spector, para reforçar a produção. O disco saiu com o trabalho de Spector, tal como o conhecemos hoje.
Quando Paul escutou o que ele havia feito com "The Long and Winding Road", colocando aquela orquestra horrorosa e aqueles cantos "de igrejeiro" abomináveis (uh!, uh!, uh!), pediu para que sua forma original fosse restaurada. Depois que seu pedido foi ignorado pelos três, Paul anunciou sua saída dos Beatles (abril de 1970).

Ei-lo... Reparem no selo, ao seu redor... as letras de forma em verde... Os primeiros discos da Apple no Brasil vinham com esta letra em forma cursiva!!!

"Let it Be" é, na verdade, um amontoado de canções, ou de resto de canções ("Dig it") que Phil Spector pegou, adicionou um monte de tranqueiras nas faixas, compilou e terminou o álbum, tal como ele é conhecido.
O disco que era para se chamar "Get Back & 12 Other Songs", transformou-se me "Let it Be".

Reparem na minha edição estéreo, de 1970, a letra cursiva...

Chique!!!

Aliás, aguarda-se até hoje o "lançamento oficial de 'Get Back'" por parte da EMI. Mas acho (e essa é minha opinião) que, cada vez que se cogita o lançamento, Paul o veta, já que ele odiou (com certa razão) o disco e, claro, o período em que ele nasceu. Não só porque Phil Spector acabou (sim!) com as músicas que ele compôs, mas também porque o disco fora lançado quase que juntamente com seu LP solo de estréia, "McCartney" (que também completa 50 anos nestes mês... Aliás, tenho um exemplar, da época, em minha coleção... Diríamos que é um disco "Paul"... Baladas e musiquinhas...), que acabou indo para as paradas "disputar" público com "Let it Be".


Este é o tal... A capa imitando "PLEASE PLEASE ME", só que com eles mais velhos!!!

Outra curiosidade sobre "Get Back" é que há várias cópias (piratas, lógico!) circulando por aí desde aquela época. Eu só não comprei uma para mim, ainda, porque, claro, os preços (em dólar... Quase a 6 reais!!!) são elevadíssimos por uma cópia... Fico eu, e acredito que muitos fãs, aguardando a EMI lançar, finalmente, "Get Back".
Bem, para você que não conhece a história dos Beatles fica difícil entender com um disco é gravado antes de um outro e este outro é lançado na frente. Explico: Cansados das brigas, eles chamaram novamente George Martin para conduzi-los (conforme minha postagem algures), prometendo realizar a gravação de um disco de verdade. Daí nasceu "Abbey Road". Deem uma olhadela em minha postagem sobre.

Minha "dupla de dois": O primeiro em estéreo... O segundo, em MONO!!! Sim, meus caros: tenho LET IT BE em CD MONO!!!

Uma curiosidade pessoal deste CD estéreo é que simplesmente trata-se do PRIMEIRO CD que adquiri dos Beatles, logo quando pude comprar um toca CD'S da Gradiente (Modelo CDP 1000), que comprei na loja "Áudio" (antiga loja da Gradiente) no Shopping Center Norte, no dia 19 de julho de 1993... Comprei um micro-system Gradiente e o toca CD... Depois fomos ao Mappin do Center Norte e comprei este CD (junto com o Past Masters Volume 1 e o Led Zeppelin IV) para curtir o som digital... Bons tempos!!!

CD MONO do LET IT BE... "Piratovsky", é claro!!! Mas muito bom!!!

Quando "Let it Be" foi lançado, os Beatles não mais existiam como banda: Paul já havia lançado seu primeiro disco solo, "McCartney", apesar de o grupo ter se desfeito oficialmente em dezembro de 1970, por ocasião do processo de Paul contra os demais.
Aliás, vocês talvez tiveram a chance de acompanhar pela imprensa que "Faz 50 anos que os Beatles se separaram"... coisa e tal, lá pelo mês passado (abril), que é como a imprensa da época situou a separação.
Mas a verdade é que eles já estavam separados desde 1969, após o encerramento das gravações e da sessão de fotos para "Abbey Road" e, oficialmente separados quando o juiz deferiu a separação deles, através do processo que Paul moveu contra os outros três, que se deu em dezembro de 1970.
Portanto, a data em que a imprensa comumente situa entre abril/maio de 1970 para a separação dos quatro é claramente imprecisa e errônea.
Bem, como essa leva de músicas faz 50 anos neste período, com exceção de "Across the Universe", vamos comemorar os 50 anos da gravação... Melhor dizendo, da COMPILAÇÃO e LANÇAMENTO de "Let it Be".





Nesta sequência vemos minha cópia que veio na caixa ESTÉREO, lançada em vinil 180g, gringa... Novíssimo!!!

Ah, apenas mais um detalhe nessa confusão de "Deixa Rolar": no ano de 2003 houve um lançamento de um CD (e depois em vinil) intitulado de "Let it Be... Naked", que nada mais é do que um relançamento de "Let it Be", só que sem os overdubs de Phil Spector. Daí o nome "Naked", e com a ordem das músicas alteradas e duas faixas do "Let it Be" original foram tiradas: "Dig it" e "Maggie Mae". Acrescentou-se, no entanto, "Don't Let Me Down", música da mesma leva que havia saído somente em "single".


Meu CD "Naked"...

Esse disco já soa BEM MELHOR que "Let it Be", já que os irritantes coros de igrejeiros foram eliminados das músicas. Para você que nunca ouviu nem um, nem outro, ou que só ouviu "Let it Be" -  a música - no seu estado de "igrejeira", vale a pena ouvi-lo e sentir, mais ou menos, como Paul queria que soasse suas músicas. Realmente, torno a dizer, ficaram BEM MELHORES.




Meu vinil, adquirido em Liverpool, em 2014, quando estive por lá... Uma boa lembrança deste tempo inesquecível!!!
Aliás, ele veio com este encarte luxuoso... Bem, a cara do Ringo retrata fielmente o que foram as sessões de "Get Back" que redundou em "Let it Be"... Ao contrário da minha em Liverpool e em Londres, Claro!!!

VAMOS ÀS FAIXAS!

LET IT BE
Lado "A"

TWO OF US
Num primeiro momento, quem a ouve pensa tratar-se de uma música sobre o relacionamento entre John e Paul. Mas não é o que acontece, até porque esse relacionamento, à época, estava bem abalado.
Paul escreveu esta música sobre o relacionamento dele com Linda, sua esposa à época (Paul casou-se com Linda em 12 de março de 1969).
Linda, para Paul, era uma pessoa diferente, que o tirava da paranoia de ser um Beatle, com horários, telefones, negócios, fama, etc. Segundo ele, ela era bem despretensiosa, o que lhe devolveu a alegria de ser livre novamente.
Ela conta: "Quando me mudei para a Inglaterra, para ficar com Paul, colocávamos Martha (a cachorra de Paul, que aparece em várias fotos) no banco de trás do carro e saíamos de Londres. Assim que chegávamos na estrada, eu dizia 'vamos nos perder', e continuávamos a dirigir sem olhar as placas. Daí vem o verso da música 'two of us going nowhere'.".
"Paul escreveu 'Two of Us' naqueles dias. É sobre nós. Nós simplesmente entramos em algum bosque e paramos o carro. Eu fui caminhar enquanto Paul ficou sentado no carro escrevendo. Ele também fala de cartões-postais porque costumávamos trocar cartões".


Dentro da capa dupla ainda veio um compacto, com trechos dos blá, blá, blá dos quatro durante as sessões... Lindinho!!!

DIG A PONY
Escrita por John em janeiro de 1969 no estúdio da Apple é uma canção muito sem sentido, oriunda de outra que ele havia escrito para Yoko, "All I Want is You". Aliás, a lista original de músicas do álbum usava esse título, em vez de "Dig a Pony".
John explicou o "segredo" do processo de composição: "Eu simplesmente vou fazendo". Em setembro de 1980, numa reação típica, disse: "(só) mais um lixo".

ACROSS THE UNIVERSE
É a música mais antiga de Let it Be e foi gravada em fevereiro de 1968 e ficou conhecida pela primeira vez num álbum beneficente para o World Wildlife Fund, em dezembro de 1969.
Para John trata-se de uma de suas músicas preferidas, pela pureza da letra.
Surgiu a partir de uma discussão que ele teve com Cynthia (ainda eram casados) e ele estava na cama tentando dormir quando a frase "pools of sorrow, waves of joy" apareceu para ele e não foi embora, até que ele se levantou e começou a escrever. "Aquilo me tirou da cama. Eu não queria escrever. Estava levemente irritado e não conseguia dormir".
Na verdade, ela foi escrita depois de conhecer o Maharishi, mas antes de ele ir até a Índia. O refrão fala  no Guru Dev, que era o guru Maharishi. John queria que os Beatles a lançassem como "single" enquanto estivessem na Índia, mas a música perdeu para "Lady Madonna". David Bowie depois fez uma versão cover dela para o seu álbum "Young Americans", de 1975, da qual John participou tocando guitarra.

I ME MINE
George escreveu esta música por conta de suas reflexões, tentando conciliar sua posição de um beatle famoso com a filosofia religiosa de abandonar o ego para obter a iluminação.
Acreditava ele que a nossa preocupação com o ego - o que "eu quero", o que "pertence a mim", o que é "meu" - é que impede nossa absorção pela consciência universal, em que não há dualidade com o ego. "Quando pequenos "eus" se fundem no grande "Eu" então você está realmente feliz!", disse.
A melodia da música foi inspirada em Strauss II (Kaiserwalzer), num trecho de cerca de sessenta segundos usado como música de fundo em um documentário da BBC 2, chamado "Europa: The Titled and the Unentiled".

DIG IT
Trata-se de um excerto de uma "jam" que os Beatles estavam fazendo nos estúdios da Apple.
Durante as gravações por lá, eles passavam muito tempo lendo jornais. Daí as menções ao FBI, CIA, etc.
Algumas conversas também rolavam na hora e George, numa delas, fez menção a B.B.King, diferenciando-o de Freddie King.
Matt Busby era um empresário do Manchester United, que apareceu no noticiário doze dias antes dessa gravação, anunciando sua aposentadoria.

LET IT BE
Lançada em março de 1970 como single, tendo "You Know My Name" (de 1967) no lado "B", com um solo de guitarra diferente da do LP, foi escrita em janeiro de 1969. Seria o último single da carreira fonográfica dos Beatles lançado na Inglaterra (oficialmente).
Paul a concebeu mais como um desespero, já que ele via que os Beatles estavam acabando (e, de fato, acabaram).
Com sua "liderança" sobre o grupo, que começou acontecer pra valer em Sgt. Pepper's, ele começou a aprofundá-la cada vez mais, porque acreditava que sem organização e disciplina ninguém conseguiria fazer mais nada. "Acho que estamos muito pra baixo, depois que o Sr. Epstein morreu (...) É por isso que estamos cansados do grupo. Não há nada nele de que podemos tirar proveito. Tem sido um peso. A única maneira de não ser um peso é os quatro pensarem 'devemos transformá-lo em algo de bom novamente ou deixar pra lá?'".
Bem, o que se viu não foi um papel de líder e, sim, o chato do pedaço. Não o fez mais querido, muito ao contrário. Rusgas por conta desta "liderança" permaneceram até quase a morte de John e George.
Então, Let it Be foi escrita por conta dessa pressão.
"Eu a escrevi quando todos esses problemas comerciais começaram a me cansar (...) Eu estava passando por um 'momento pesado' e foi minha maneira de exorcizar os fantasmas", disse.
Há duas versões, digamos, básicas, lançadas à época de "Let it Be": a do disco, propriamente dita e a que saiu em "single", em 1970, com o solo da guitarra de George um pouco diferente. Vale a pena ouvir esta versão, também.

O DVD oficial do filme e o pirata...

I'VE GOT A FEELING
É uma junção de duas músicas inacabadas, uma de Paul (o título) e outra de John - "Everybody Had a Hard Year".
I've Got a Feeling parece ter sido escrita para Linda, dado o seu otimismo. Já John descreveu um pouco de como tinha sido o seu ano (de 1968): seu casamento com Cynthia estava acabado, ele estava longe de Julian, Yoko havia sofrido um aborto espontâneo, ele tinha sido preso por porte de drogas, etc.
Há registro, no entanto, de John cantar esta música no jardim de sua casa, em Ascot, em 1968. É muito provável, portanto, que em janeiro de 1969 ela já existisse.



THE LONG AND WINDING ROAD
Paul escreveu esta tal como "Yesterday", onde as imagens de vazio e abandono na natureza (chuva e vento; estrada longa e tortuosa) contrastam com a esperança ("porta dela").
Essas imagens Paul tirou de sua fazenda na Escócia, que estava exposta a ventos fortes e era frequentemente açoitada pela chuva.
Já a "estrada longa e tortuosa" é a B 842, com um pouco mais de quarenta quilômetros, que liga a costa oeste de Kintyre a Campbeltown, cheia de curvas sinuosas e desvios.
Como a canção fala de algo inatingível, a "estrada" é interminável.
Ele se inspirou em Ray Charles para escrevê-la, usando acordes de jazz para fazê-la.
A canção é um dos "pomos da discórdia", ou o "a gota d'água" para a separação definitiva da banda, já que foi a partir da audição dela, depois que Phil Spector a editou, que Paul, mesmo pedido aos demais para que a música retornasse tal como ele a concebeu, decidiu processar os outros três integrantes e a empresa que detinha os direitos dos Beatles.
Era a única forma de acabar de vez com a banda. E ele o fez. O processo durou até o dezembro de 1970, quando saiu a sentença extinguindo a parceria. Era o fim da maior banda de rock de todos os tempos.
Mas isso é motivo de aprofundamentos, ocasião em que faremos uma postagem especial para a separação da banda.

ONE AFTER 909
Talvez seja a canção mais antiga gravada pelos Beatles.
Gravada pela primeira vez em março de 1963, foi feita na mesma sessão de "From Me to You". George Martin não deu bola para ela e, assim, foi descartada.
Trata-se de uma tentativa de John de escrever uma música de ferrovia norte americana, datada mais precisamente de 1957.
"Nós costumávamos matar aula, voltar para minha casa e compor. Há muitas músicas dessa época que nunca levamos em conta porque são canções nada elaboradas... Nós detestamos a letra de One After 909", Paul declarou.
A versão do disco "Let it Be", no entanto, é bem elaborada, tal como a de 1963. Mas, na minha opinião, a de 1969 é melhor.
Existe uma outra, ainda, horrivelmente escutável, com "backing vocals" de, nada mais, nada menos que Yoko. Sem mais comentários.

FOR YOU BLUE
Escrita por George para Pattie, sua (então e ainda) esposa, é um blues tradicional (nem tanto) bem fraco, algo feito para passar o tempo.
Na partitura original de George vê-se o título como "For You Blues", mas no disco e na história ficou "Blue".

GET BACK
Originariamente Paul a escreveu como uma canção política, planejando satirizar aqueles que achavam que os imigrantes da Inglaterra deveriam ser repatriados.
Deveria ser cantada por alguém que não "dig no Pakistanis taking all the people's jobs" ("não gostava dos paquistaneses pegando todos os empregos") e, consequentemente incitava a todos a "get back" ("voltar") para o lugar de onde tinham saído, e suas intenções satíricas poderiam ser facilmente mal interpretadas.
Muitos anos depois Paul ainda teve de responder a jornalistas que o perguntavam sobre se ele tinha passado por uma fase racista: "Os versos não eram nada racistas. Se houve um grupo que não era racista eram os Beatles. Todas as nossas pessoas preferidas eram sempre negras", declarou.
"Estávamos sentados no estúdio e a fizemos do nada... começamos a escrever a letra ali mesmo... quando a terminamos, nós gravamos nos estúdios da Apple, e a transformamos em uma música para curtir as mudanças", disse ele, no anúncio da Apple para promover o single.
Na verdade foi transformada numa música sobre Jojo de Tucson, Arizona (Linda vivera por um tempo em Tucson), e Loretta Martin, que "thought she was a woman, but she was another man" ("achava que era mulher, mas era outro homem").
Na época, por conta do anúncio promocional da Apple, deu-se a entender que a música era um retorno às raízes roqueiras da banda: "É a gravação mais ao vivo impossível, nessa era eletrônica. Não há nada eletrônico nela. 'Get Back' é um puro rock de primavera".
Há duas versões dela. Uma saiu no disco "Let it Be", um pouco mais curta; e outra, que saiu em single, no lado "A" junto com "Don't Let Me Down", no lado "B", um pouquinho mais alongada.

Muito bem!!! Vamos terminando por aqui... Em breve farei o que lhes havia prometido, isto é, uma blogagem especial dos 50 anos do rock progressivo...

Tenho a honra de lhes apresentar, finalizando, a minha nova estante de discos... Vocês não imaginam a dificuldade para trazê-la de Guarulhos - onde foi adquirida - até aqui, Santa Cruz da Conceição - em meio à pandemia... Bem, o fato é que conseguimos!!! Quando chegou, "tomou banho" de álcool em gel e foi tomar ar para sair o cheiro de verniz!!! Mas ela é espetacular, não?...
Agora eu tenho a minha "vitrine da fama", uma brincadeira sobre uma meia-loja, meio-sebo que, de vez em quando, eu frequentava no bairro do Tucuruvi, onde morei por 40 anos... O cara tinha 4 paredes onde ele colocava os discos que ele achava, digamos, "mais raros" (e, evidentemente, mais caros", dependurados nas paredes... Pronto! Minha esposa logo o apelidou de "parede da fama"...
Em verdade era um monte de lixo, mesmo, mas o dono achava que tinha um monte de "raridades", dignas de estampar as quatro paredes da loja... vai vendo...

Agora eu também tenho a minha "vitrine da fama!!!" Só que aqui não é meia boca, não!!!

Fiz também um quadro dos meus dois toca discos Gradiente DD 200Q, de uma propaganda da época em que foram lançados, de 1980...

Até breve!!! Saudações beatlemaníacas!!!

PS.. Só mais uma notinha, principalmente para você, que me lê do exterior... 
Que porcaria de presidente elegeram para governar o Brasil, hein? Que porcaria!!!
A única pessoa a governar um país NO MUNDO que é contra o isolamento social e a favor da tal CLOROQUINA... Vai ser imbecil assim lá longe... É ministro de Estado que não sabe o que faz, é dirigente nomeado que fala que rock é coisa do diabo, que os Beatles é isso, ou aquilo... Quanta gente burra e ignorante reunida ao mesmo tempo!!! O outro faz apologia ao nazismo... Um bando de gatos pingados FASCISTAS que os seguem pregando a volta da ditadura, do AI-5, fechamento do Congresso, do Supremo Tribunal Federal...
E isso tudo em meio a uma pandemia, com mais de 800 mortes diárias!!! Um governo que não tem projeto, não tem discurso, não tem ação... A pandemia de COVID-19, aqui no Brasil está COMPLETAMENTE DESGOVERNADA... Estamos literalmente entregues à própria sorte e num salve-se quem puder... Não fosse os órgãos internacionais pressionarem e insistirem para nos isolarmos, etc., a tragédia já teria sido bem maior...
Penso que este governo que infelizmente aí está quer é dizimar os pobres do país... Se percebermos bem, noventa por cento dos que contraíram a doença e dos que morreram eram pobres!!! Essa história de que o vírus é "democrático" é conversa pra boi dormir!!! 
O vírus pode até ser democrático, mas a assistência para combatê-lo e a obrigação de ter que trabalhar para por comida na mesa, não!!!
Vamos torcer para que aconteça um impeachment o quanto antes e que esta corja que tomou conta do poder no Brasil volte para a lata de lixo da história, que é o lugar dela!!!
Olhem... Que fase estamos passando, aqui no Brasil... Vocês não fazem ideia!!!
No Espiritismo dizemos que estamos passando por expiação coletiva!!!