domingo, 4 de agosto de 2019

A CAPA MAIS FAMOSA DA HISTÓRIA FAZ 50 ANOS!!!

Boa tarde a todos,

Vamos voltando nesta tarde de domingo bem londrina... Isso me dá muitas saudades!!!


a manhã (bem cedinho) do dia 8 de agosto de 1969 na faixa mais famosa do mundo...


Falo-lhes num dia muito especial para mim. Digamos numa época muito especial. Afinal de contas, além, claro, desse tempo frio, chuvisquento maravilhoso, que me lembra minhas encarnações passadas em algum lugar da Europa, finalmente demos entrada no processo de adoção. Sim! Eu e minha esposa vamos adotar  um menino! Que ele venha com muito amor e esperança! Vamos ouvir boas histórias e boas músicas todos nós juntos!!!


essa foto foi tirada por Linda, depois da sessão de fotos... Este que está de pé é Alan, o motorista do Ringo....

Bem. Hoje vamos conversar sobre os 50 anos do primeiro disco do Yes, o homônimo "Yes", lançado no dia 25 de julho de 1969.




Vamos falar também dos 50 anos da sessão de fotos mais famosa da história: o dia 8 de agosto de 1969 significa algo para você? Para mim, e para os beatlemaníacos, dentro dos quais me incluo, também. Trata-se de, nada mais, nada menos do que os 50 anos da capa do disco "Abbey Road". 






Isso mesmo: Há 50 anos os Beatles estavam atravessando a famosa faixa de segurança em Abbey Road e posando para aquela que seria a capa de disco mais famosa da história.

Há 50 anos, também, no dia 1 de julho de 1969, os Beatles entravam pela última vez, como banda, a um estúdio para gravar aquele que seria seu último  - e, para muitos- seu melhor álbum: Abbey Road.

Sobre o disco, em si, vamos fazer uma postagem especial, em setembro, que é a data de seu lançamento. Hoje vamos falar um pouco sobre o Yes, que é a banda que eu tenho a honra de estampar meu blog com a capa de seu disco "Tales from Topographic Oceans", de 1973, e claro sobre a sessão de fotos de Abbey Road.

HÁ 50 ANOS, NASCIA O YES!

O Yes é uma banda de rock progressivo formada em 1968 e que influenciou muitas e muitas bandas durante os anos 1970 e 1980 pelo mundo afora.

Sua "primeira encarnação" era formada pelo seu núcleo criador - Jon Anderson, o vocalista e Chris Squire, o baixista, que se conheceram num pub no Soho londrino em 1968. Para formar a banda e começar a definir um som, já que o rock, como sabemos, tem infinitas variações, colocaram um anúncio no jornal "Melody Maker", o mais antigo jornal sobre música de Londres, para recrutar um baterista. Quem respondeu ao anúncio foi simplesmente Bill Brufford, um baterista fortemente influenciado pelo jazz e que depois faria sucesso enorme durante os anos 1970 no King Crimson (outra banda progressiva e, talvez, a pioneira no gênero).

Meu disco debutante do Yes... Importado - EUA, de 1969!!!

Reparem no antigo logo da banda.... Bem como Banks havia dito de pôster promocional...


Depois vieram o guitarrista Peter Banks (quem terá um papel fundamental na banda) e o tecladista Tony Kaye. Estava formada a "primeira encarnação do Yes".

Entretanto, a banda não tinha, ainda, um nome. Foi depois da chegada de Tony Kaye que Peter Banks sugeriu o nome de "YES" para a banda, porque ele acreditava que seria um nome fácil de se destacar em pôsteres e em publicidade em geral. Todos concordaram e, sobretudo, porque não deixava de ser uma mensagem positiva, no final das contas. Surgia uma das maiores bandas de rock (progressivo) de todos os tempos.

Em seu segundo concerto e sem sequer ter gravado ainda o seu primeiro disco, objeto de nossa conversa, o Yes simplesmente abriu aquele que seria o último show do Cream, em 1968 no Royal Albert Hall - e que show!!! - um dos melhores da história, sem sombra de dúvida!!! Quem duvida, dê uma olhadela por aí na internet e depois me conta!!!

Consolidada a banda, restava chegar ao disco de vinil... e ele veio!

Trazendo arranjos complexos, harmonias, vocais bem elaborados, o Yes gravou seu primeiro disco, que chegava às lojas em 25 de julho de 1969.

Aí está meu vinil, de 1969, importado... Tem um som espetacular!!!


Depois, essa formação ainda gravaria mais um lp: "Time and a Word", em 1970, com o apoio de uma orquestra de mais de 30 músicos, tão comum na época. Após a gravação desse álbum, Peter Banks é demitido da banda, vindo em seu lugar Steve Howe.... Sim, o "monstro" Steve Howe.

Com a chegada de Steve, o Yes começa a definir seu som característico e tal como hoje o conhecemos. Imediatamente eles vão para o estúdio e gravam o lp "The Yes Album", também em 1970, que definiu o som do Yes e o projetou ao sucesso, já que é o primeiro disco que realmente chamou a atenção de público e crítica.

Eis o CD, também importado... Foi o meu segundo CD do Yes que comprei na galeria do rock, em 1995... Comprei em uma loja que trazia um monte de lançamentos gringos das bandas progressivas... O primeiro CD foi o "Classic Yes"....


Com o sucesso de "Yes Album", Tony Kaye já não acompanhava mais o exímio Steve Howe. Ele deixou a banda e aquele moço que tinha acabado de deixar o Strawbs estava na mira da banda: era simplesmente Rick Wakeman, que logo se juntou ao Yes.

Gravaram o lp "Fragile", em 1971 e o Yes ganhou - e muito - sonoridade erudita com a chegada de Wakeman. Essa sonoridade sedimentou a definição do Yes como uma das grandes bandas dos anos 1970 e de toda a história.



Em 1972 chega a vez daquele que muitos consideram o melhor álbum de rock progressivo da história: "Close to the Edge". Começam as grandes suítes (grandes músicas de um lado só do lp), com a música-tema: "dividida" em três ou quatro temas, a música possui a sonoridade, a letra, os arranjos harmônicos e vocais próprios do rock progressivo, de que eu gosto muito!

É neste disco, também, que aparecem o logo definitivo da banda, igual ao que vocês veem no mural do meu blog, e a arte surreal que toma conta das capas, não só do Yes, mas de muitas bandas dos anos 1970: o desenhista Roger Dean casou de forma impressionante e indelével o som do Yes com sua arte, que também é conhecida como "arte progressiva", para associá-la ao rock progressivo.



Com a turnê de 1972/1973, e o lançamento de seu disco triplo dessa turnê  - "Yessongs" - Bill Brufford deixa a banda para ir tocar no King Crimson. Em seu lugar o Yes convida o baterista Allan White, aquele mesmo que tocou na Plastic Ono Band, a banda que John criou, em 1969, para divulgar suas "experiências" musicais com Yoko (eca!). 



Estava consolidada a formação clássica do Yes: Jon Anderson, Chris Squire, Steve Howe, Rick Wakeman e Allan White. É esta formação que levará o Yes à consagração e popularidade que hoje conhecemos e que perdurará até o final dos anos 1970, com breves entra-e-sai de Rick Wakeman...

Por falar nisso, após a gravação de "Tales from Topographic Oceans", é a vez de Wakeman sair do Yes para dar continuidade à sua muito bem sucedida carreira solo... Tanto assim é verdade que logo depois de deixar o Yes, Wakeman lançou o álbum "The Journey to the Centre of the Earth", de 1974, um dos melhores discos de rock progressivo de todos os tempos.

Para o seu lugar, a banda convidou o tecladista suíço Patrick Moraz (já havia conversar com Vangelis, mas não deram certo. Vangelis viria a tocar com Jon Anderosn, no final dos anos 1970 em discos de grande sucesso). 

Moraz trouxe texturas diferentes à musicalidade do Yes, tornando o próximo disco "Relayer", de 1974, numa espetacular viagem sonora, com "The gates of delirium" ocupando todo o lado "A" do lp, e "Soon", uma parte dela transformada em "single" de sucesso no mundo todo. Aliás, fez o Yes "aparecer" inclusive para nós brasileiros. "Soon" foi a música de maior sucesso da banda, por aqui na época.

Após a turnê de "Relayer", em 1975, a banda deu um tempo, com cada um de seus membros fazendo discos solo pelo planeta. 

Em 1977, com a volta de Wakeman, o Yes lança o disco "Going for the One", que contém enormes sucessos comerciais, a despeito da popularização da "dance music" e o do punk. "Wonderous Stories" coloca novamente a banda nas paradas de sucesso do mundo todo e "Awaken" e "Turn of the Century", dois musicaços que ajudaram a impulsionar o álbuma e a banda.

Com o álbum "Tormato", de 1978, foi talvez a última chance de se ver e ouvir o Yes, com sua formação clássica e com sua musicalidade, ainda que este disco seja muito fraco.

Após ele, o Yes perdeu não só sua formação clássica - tendo inclusive perdido sua voz, Jon Anderson, no começo dos anos 1980, como também nunca mais conseguiu reproduzir sua musicalidade em estúdio, já que, no decorrer dos anos 2000 sua formação tenha se mantido aqui e acolá, tocando os grandes sucessos dos anos 1970 em shows e mais shows...

Bem, quanto aos demais discos de estúdio e as demais formações não vou perder tempo escrevendo sobre elas porque, na minha modesta opinião, o Yes acabou, como banda de estúdio, no lp "Tormato", em 1978. E acabou de vez com a morte de Chris Squire  em 2015 e foi enterrada de vez com a saída de Jon Anderson logo após isso, permanecendo apenas Steve Howe e Allan White nestes dias em que conversamos...

Mas os discos estão aí e o rock progressivo - queiram ou não os seus detratores- também. Para você que desconhece o gênero, as bandas, o contexto - que é muito importante- , o Yes é a banda a se ouvir, para conhecer e entender um pouco do rock dos anos 1970. É também - principalmente no meu caso pessoal - um exercício de auto-conhecimento, já que me remete à minha infância e o período em que estava no plano espiritual esperando para reencarnar-me.

Ouvir o Yes é sempre assim: uma viagem, quer seja ela interior ou par onde ela lhe levar...

A CAPA MAIS FAMOSA DA HISTÓRIA

Bem, com o fim das gravações de Abbey Road, em agosto de 1969 (as músicas "Because" e "I Want You"foram as últimas) os Beatles iniciam as discussões para dar um nome ao disco e fazerem a capa.









Em poucos dias pensaram em "Everest", com um foto dos quatro no topo do mundo, mas acabaram decidindo em "Abbey Road", a casa deles durante todos aqueles anos...













Um pouco daquela manhã de 8 de agosto de 1969 em Abbey Road...


Na manhã da sexta-feira do dia 8 de agosto de 1969 o fotógrafo Ian Mcmillan fez exatamente seis fotos dos Beatles naquela faixa, com o auxílio da polícia para segurar o trânsito. Das seis, Paul escolheu aquela que seria a foto da capa, que é a que hoje conhecemos.


Estamos chegando em Abbey Road!!!

De tube, é claro!!!


Como já lhes disse, a faixa em que os Beatles são fotografados não é mais a mesma. Explico: por conta do "trânsito"  - melhor dizendo, por conta do trânsito enorme de turistas e fãs que ali frequentam o ano todo - a tal da faixa de segurança foi recuada cerca de dez metros (pelos meus cálculos) um pouco mais para baixo de quem olha a capa do disco.


Segura nóis, aí...

Hoje ela se encontra na esquina da rua Grove End com a Abbey Road, quase em frente ao estúdio. Em 1969, ela estava um pouco mais para cima... 


Chegamos!!!! Estação de St. John's Wood...


A sensação de lá estar é indescritível... Por incrível que pareça, estávamos lá no dia 10 de agosto de 2014... Não estava aquele céu azul da capa, mas para variar ventava muito (aliás, sempre venta muito em Londres)...

Este dia - 10 de agosto de 2014 - foi um domingo... Quando eu era pequeno eu sempre gostava de olhar para a capa do álbum e ver aquele céu azul e lembrar-me dos domingos.... Explico: minha irmã, que me apresentou os Beatles e ensinou a gostar deles ia à casa de sua amiga aos domingos, para ouvir os Beatles, já que ela não tinha onde ouvi-los... Daí acabei associando as coisas na minha cabeça maluca... E, por ironia do destino, estive lá, num domingo - não tão ensolarado e não tão de céu azul assim - , para conhecer o famoso local... Ah, claro, com a minha irmã!!!




Muito bem! Voltaremos para falar sobre a última sessão de fotos dos Beatles, em 22 de agosto de 1969 e, claro, sobre os 50 anos de Woodstock.


Saudações beatlemaníacas...

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