domingo, 7 de agosto de 2016

REVOLVER: REVOLVENDO O MUNDO HÁ 50 ANOS!!!!


Boa tarde a todos!

Satisfeitíssimo de voltarmos neste blog para conversarmos acerca de dois aniversários pra lá de históricos:

50 anos do “single” “Paperback writer-Rain” e, claro, os 50 anos de REVOLVER, lançado no dia 5 de agosto de 1966.

Meu exemplar mono, nacional, de 1966.


Nesse ínterim que passamos sem postagens tivemos várias mudanças com relação à última: hoje moramos na cidade de Santa Cruz da Conceição-SP, há mais ou menos 193 quilômetros da capital paulista.

Também houve um golpe de Estado no Brasil – mais ou menos em maio-junho deste ano. Quem diria que a história novamente iria repetir-se... Como tragédia e farsa!

Bem, como a democracia corre sérios riscos, hoje, no Brasil e a liberdade de expressão também, vamos aproveitar para conversarmos e utilizarmos uma ferramenta indispensável para colocarmos os BEATLES novamente em seu devido lugar: A maior banda de rock de todos os tempos... E tenho dito!
 
Contracapa: com "dedicatória" de época!
Cansados da Beatlemania e de tudo o que ela representava, os Beatles, a partir do lançamento de RUBBER SOUL decidiram “dar um tempo” em toda aquela coisa em que viviam, desde 1963: estúdio, fotos, entrevistas, rádio, etc, etc.
 
Selo não muito comum da Odeona... Mas o som é legal...
Foram para sua última turnê – primeiro semestre de 1966 – e, a partir daí jamais voltariam a se apresentar em shows... Quebrando o “protocolo” com um showzinho “básico” no telhado do prédio da Apple, na Savile Row, no centro de Londres, em janeiro de 1969, onde lá estivemos no ano retrasado – 2014.


A porta do antigo prédio da Apple...

Local do último show dos Beatles... No telhado!

Há quase 50 anos esse pedaço de Londres quase parou...

Esquina da Savile Row...



Aspectos da Savile Row, na tarde de 12/08/2014...

Prédio vizinho ao da Apple...


O show no Candlestick Park, então, representou o último, nesse formato convencional, que depois todas as bandas acabaram copiando. Agora, subir no telhado e dar uma “canja”... Estou para ver quem “tem a manha”...
A partir disso, toda a música do quarteto foi desenvolvida em estúdio. E para ser tocada em discos, não em concertos.

Outro ponto fundamental para essa mudança de comportamento foi, claro, as perspectivas que foram desenvolvendo, a partir do crescente aumento de consumo de drogas – principalmente a maconha – e, claro, com a introdução do LSD.
 
Minha cópia estéreo, nacional, dos anos 1970.
O contato com a arte de vanguarda – é só vermos a capa de Revolver - , com a nascente contracultura, com outras bandas, principalmente os Byrds e os Beach Boys (estes últimos depois das musiquinhas sem graça de surf music, com a proeminência de Brian Wilson no grupo), isto é, com o outro lado do atlântico – notadamente com a galera da Califórnia.

Paul, o beatle mais aparentemente comportado, foi o que mais se deixou influenciar por todo esse contexto (exceto com relação às drogas, principalmente LSD, parte que Lennon superou-o e muito): Em meados do segundo semestre de 1966, ele já havia feito contato com quase todo o submundo (underground) londrino, onde bandas como o Pink Floyd (a minha segunda banda), o Soft Machine e o The Move já eram os queridinhos da galera londrina que – se dizia – ESTAVAM LIGADOS.

Londres era, portanto, em 1966, a “cidade do momento”, onde todos queriam estar: Jimmy Hendrix deixou os EUA (que não lhe davam bola), em 1966, para ali ser a estrela que hoje todos nós conhecemos. E por aí vai...
 
Este selo sucedeu ao do "canudinho"... Mas a sonoridade é ótima!
A Carnaby Street, no Soho, bairro londrino, era o “point” onde os “freaks” se encontravam para “estarem ligados”. Estive por lá em 2014 e comprei uma camiseta do THE WHO, para mim... Foi emocionante!


A histórica Carnaby Steet... Com arco e tudo!!!
Aspecto da loja onde comprei minha camiseta!



Cheio de energia e com a juventude pulsando, Londres – muito, mas muito mais que São Francisco – era “o lugar”.

Neste mesmo ano, só para termos uma idéia, a Inglaterra ganhou a Copa do Mundo, que ela mesma sediou... Os ingleses estavam eufóricos!

É neste ano, também, que iria surgir uma das lendas do rock: o CREAM, com seu blues semi-psicodélico que virou Londres de cabeça para baixo, e que se tornou uma das maiores bandas da história, com uma das carreiras mais curtas, também – acabou em 1968, num show bombástico no Royal Albert Hall, mostrando toda sua fúria ao vivo, para deleite dos londrinos – bem melhor, aliás, que dentro do estúdio, “amarrados” dentro das músicas de três minutos...
 
Este é inglês, estéreo, da minha caixa...
Com essa cena posta, era difícil você prever o que iria acontecer com aqueles que ditavam os rumos do rock (e sempre ditaram): sumidos, escondidos: John, foi à Espanha, dar uma de ator; Ringo tirou umas férias; George começou a aprofundar seu interesse na cultura indiana; e Paul – sempre ele – bisbilhotando a noite londrina.
 
show!!!
Antes, porém, em junho de 1966, os Beatles lançam o compacto “Paperback writer-Rain” e dizem mais ou menos como seriam suas músicas doravante: Escritor de brochuras... Falar sobre o tempo, estado da mente, efeito de drogas psicodélicas... Muito diferente do menino que ama menina – menina que ama menino dos tempos da Beatlemania...
 
Compacto Paperback writer-Rain nacional, de época, da minha coleção!


Eles sabiam que se ficassem somente no “YEAH, YEAH, YEAH” certamente perderiam o bonde da história e não seriam nem um décimo do que hoje representam.

É nesse clima que surgiu Revolver: o mundo começava a mudar, a partir de um novo comportamento pessoal e social e os Beatles, porta vozes de uma geração inteira, não poderiam ficar para trás.


Contracapa do meu exemplar inglês, mono da caixa mono...

A capa de Revolver foi desenhada por um antigo amigo de Hamburgo: Klauss Woorman, que depois viria a tocar baixo na Plastic Ono Band – de péssima lembrança para todos nós...

O disco começou a ser gravado com a música “Tomorrow never knows”, onde John vem trazer para nós as percepções do mundo psicodélico, com a perspectiva do fim do “eu”.
 
Meu exemplar mono, inglês...
Foi, até então, a faixa mais estranha e experimental dos Beatles e foi colocada no último lugar, do lado dois do disco.

Como ele havia composto a música e não sabia qual nome – sugeriu “The void” – tirou-a de mais uma das frases engraçadas de Ringo (como “a hard day’s night”).
 
Lindo!
Ouvi-la em MONO, como foi concebida, é uma experiência singular... Simplesmente maravilhosa!

É em Revolver, também, que se começa às menções às drogas nas músicas: Se em “Day tripper”, John suscitou algo, aqui eles escancaram de vez as recentes experiências com LSD: “I’m only sleeping”, “She said, she said”, “Dr. Robert”, “Got to get you into my life” são claros exemplos dessas experiências, apesar desta última fazer menção “apenas” à maconha.

É fácil de perceber como as expressões deles mudaram, quando assistimos aos clipes dessa época...

Revolver há de desaguar, necessariamente, em Sgt. Peppers. Entretanto, Revolver é mais, digamos ACESSÍVEL do que o último e hoje é considerado por muitos superior a Sgt. Peppers.



Certamente, depois de Revolver, o rock and roll jamais foi o mesmo. O que se sucedeu após ele, foi o rock dos anos 1970, 1980 e 1990... Paro por aqui. O rock, hoje, encontra-se numa grande encruzilhada, como música e como comportamento. A juventude não mais procura respostas: encontra-as na “internet”. O rock não é mais a resposta dos jovens; não é mais um modo de comportamento: é apenas mais um modo de se fazer música e sucesso, para conseguir fama e dinheiro... Igualzinho à antigamente, mas antigamente não tínhamos as respostas... Porque tínhamos perguntas...

Por isso é que se dá um golpe de Estado no Brasil, em pleno séc. XXI e as pessoas agem como se nada tivesse acontecido... Ou parte delas o apóia... Tudo dentro de uma certa “normalidade”, desde que, claro, os golpistas mantenham o poder de consumo (de celulares) e a energia elétrica, para viabilizar a “internet”... Inteligência que o governo deposto soube cultivar e alimentar durante enquanto lá esteve, com seus objetivos meramente eleitoreiros... Acreditando piamente que as (velhas) elites brasileiras iriam aguentar, por mais algum tempo, os pobres comprando carro(s), viajando de avião, comendo carne, estudando em Universidades e frequentando “shoppings”...

Bem, dito isso só nos resta o rock and roll e os Beatles, para curarmos a ressaca, aqui em Santa Cruz da “Isolação”... Digo, Conceição!
 
Por do sol em Santa Cruz, num dia destes de inverno...
Recentemente, também, inaugurei minha “sala de som”, aqui no interior... A trilha de inauguração não poderia deixar de ser, claro, Revolver, em mono!... melhor do que qualquer Olimpíada!!! (Jogos Olímpicos do Rio de Janeiro...).
  


Os "meninos" e parte de minha sala de som... Os dois monos à esquerda, e os dois estéreos à direita... nacionais e ingleses...

Foi um prazer voltar a escrever novamente e, quiçá, possamos estar aqui novamente, com liberdade de expressão e com, claro, os Beatles...




terça-feira, 5 de abril de 2016

UMA CARTA - PREMENTE









Você nos pede que encontremos (juntos?) uma solução para um problema familiar – muito, mas, muito mais comum do que a gente imagina.

Penso que precisamos CONHECER BEM o problema (e ele existe, no meu pobre entender), para poder solucioná-lo e, se não conseguirmos – ATENTE-SE PARA ESTA HIPÓTESE REAL - , que encaminhemos e administremos da melhor forma possível.

Conhecer aquilo que se quer mudar, transformar. É como aquela reforminha básica em nosso banheiro: quebra daqui, derruba dali e eis que... chuáááá! Peguei um cano!!! Não é mesmo? E entramos pelo cano! Assim, a vida, assim os seres, as coisas, os humanos.

Objetivamente, nós, seres humanos, dotados de pensamento contínuo, que nos difere dos outros seres vivos, com o passar do tempo vamos desenvolvendo algo que se chama, sem querer ser repetitivo, DESENVOLVIMENTO DO SENSO MORAL, que nada mais é do que SABER A DIFERENÇA ENTRE O BEM E O MAL (substantivos, diferente de BOM E MAU, adjetivos... Depois lhe explico o porquê dessa intervenção).

Como eu ia dizendo, vamos desenvolvendo nosso senso moral, a medida que nós vamos crescendo, física e espiritualmente. É a vida, é a evolução, inexorável para toda a criação de Deus.
Vamos deixando nosso primitivismo de lado, nossas manias e caprichos materiais para trás (ah, como somos caprichosos... Cheios de caprichos...) e vamos adquirindo esclarecimento espiritual, acerca do nosso papel neste mundo de meu (nosso) Deus: QUEM SOMOS, DE ONDE VIEMOS, PARA ONDE VAMOS E O QUE ESTAMOS FAZENDO AQUI... Aquelas perguntinhas básicas, que só fazemos quando perdemos a esperança: naqueles momentos, quando nos chega a velhice (desamparada ou não) meditativa experiente (às vezes, não!), quando algo de grave acontece-nos no decorrer de nossa existência (sim, existência... A VIDA é a VIDA ESPIRITUAL... Por ora, no corpo de carne, EXISTIMOS... Eu ESTOU ALEX... Eu sou ESPÍRITO, imortal... até onde sabemos! Amanhã, em outra EXISTÊNCIA certamente não mais serei ALEX, não obstante carregar a bagagem desta de tantas outras existências... Em uma nova existência...)...

Dito isto, que também nada mais é do que autoconhecimento, passemos a procurar entender (porque, conhecer já é algo mais profundo) o outro, ou o próximo... Que é sempre o próximo que está mais próximo... Muitos religiosos pensam em ajudar ao próximo distante , esquecendo-se do próximo próximo , de dentro de casa.

Fácil, não? Quem tem a receita do bolo? Parece delicioso – e é! – mas... Como prepara-lo sem receita e deixa-lo saboroso?

Dir-lhe-ei que não é fácil. Fosse fácil, qualquer um faria. Temos que lutar, por primeiro, contra o nosso ENORME e ONIPRESENTE EGO (egoísta vem daí), que é, sim, um DEFEITO gravíssimo: ter EGO é DEFEITO, e não VIRTUDE. Veja, com o desenvolvimento do senso moral vamos aprendendo também a discernir VIRTUDE de DEFEITO; vamos aprendendo a ter noção de VALORES, e, principalmente, a não INVERTÊ-LOS.

Outro ponto, não menos importante, é a questão do nosso ORGULHO, que é PAI do outro; este é a grande mazela dos espíritos encarnados hoje, em nosso sofrido planeta. Ah, o nosso orgulho... Se soubéssemos o quanto nós representamos para economia do Universo... o que nós representamos perante à nossa pequena galáxia (uma das menores), que possui bilhões de planetas... MENOS QUE UMA CABEÇA DE ALFINETE. E a gente se acha... A maior invenção depois do arroz à grega (chamando Dr. Arroz “agrega”, chamando Dr. Arroz “agrega”...)...

Esse orgulho é quem faz com que a humanidade não avance... Que impede a nossa felicidade espiritual – A ÚNICA REAL E IMPERECÍVEL; é contra ele que Jesus lutou e luta, ainda hoje, para ajudar-nos...

E a nossa tola VAIDADE, então?... Alimenta aqueles caprichos que lhe disse alhures...

Quando a gente começa a trabalhar esses temas internamente – E NÃO NOS OUTROS – damos um passo enorme para começar a encaminhar algumas soluções para alguns problemas que enfrentamos no palmilhar de nossa débil existência. Disse – NÃO NOS OUTROS, porque temos a tendência, por conta de nossos três principais DEFEITOS – ORGULHO, EGOÍSMO, VAIDADE – de achar que as coisas ruins que nos sucede ocorrem POR CONTA DOS OUTROS... Os outros são sempre os culpados pela nossa desdita; nós somos (e não estamos) sempre prontos a nos declarar AUTORES E RESPONSÁVEIS pelos nossos acertos, pelas nossas vitórias... Mas quando erramos... Ah, a culpa é dos outros...

Perceba que não é minha intenção apontar o dedo para ninguém, muito menos para você, que é meu irmão e que eu amo; muito menos OLHAR NO RETRORVISOR, para, também, apontar esta ou aquela falha, defeito, desídia de quem quer que seja: o que foi feito, está feito. É IMUTÁVEL. Olhemos para o agora e para frente, se quisermos atingir a qualquer objetivo que você queira buscar.
Então, vamos percebendo que os conceitos substantivos de BEM e MAL e os conceitos adjetivos de BOM e MAU também vão se tornando claros e límpidos em nosso horizonte. Penso que, por aqui, há uma diferença substancial e que pode ajudar e muito ao nosso mister.

Que tal desta forma: Nem tudo que é BOM, faz BEM, ou faz O BEM; nem tudo que é MAU, faz MAL, ou faz O MAL... Podemos, ainda, avançar para: Tudo que é BEM, é BOM, ou tudo que é DO BEM, é BOM; tudo, mas tudo mesmo, que é MAL, faz MAU, ou é DO MAL. Tendo esta clareza, acredito que dá para avançarmos mais um pouco.

Conforme o tempo passa, as coisas se nos relativam: tudo na nossa vida passa a ser muito relativo; aprendemos, a duras penas, que há uma única “coisa” absoluta: Deus. O resto, é tudo muito relativo, E SOFRE ALTERAÇÕES ao longo do tempo. Explico: há TRÊS ELEMENTOS ESSENCIAIS NO UNIVERSO: DEUS, ESPÍRITO E MATÉRIA. O primeiro, o Criador de todas as coisas; o INFINITO, não teve começo, não terá fim; os outros dois, as criaturas são os elementos que nos constituem: ESPÍRITO E MATÉRIA. O primeiro, Deus escolheu para PENSAR - pensamento contínuo, lembra-se?... A propósito, já tentou PARAR DE PENSAR, por alguns instantes? Não vai conseguir. Ninguém consegue. Nós pensamos o tempo todo. É a atividade POR EXCELÊNCIA do espírito. Penso, logo existo, disse o outro, com muita propriedade e acerto. Já a matéria, não obra por si. Diga para a cadeira sobre a qual você está sentado agora, para que ela vá até ao telhado e lhe traga um pipa que acabou de boiar ali. Não vai, não é mesmo? É que ela obedece a um comando de quem PENSA: Se você quiser joga-la ao telhado, se tiver força para tanto, ela irá... SOB O SEU COMANDO. Mas, com certeza, NÃO LHE TRARÁ O PIPA QUE LÁ ESTÁ. Vou mais longe e digo-lhe que ela pode, ao cair no telhado, rolar e cair na sua cabeça, pela sua incúria de determinar algo a alguém que não age, não pensa por si.

Diferenciados alguns pontos, passemos adiante. Passemos, agora, àquelas perguntinhas, que desde os primórdios do pensamento humano todo mundo, um dia, vai fazer: quem sou eu, de onde vim, para onde vou, o que estou fazendo aqui.

Isso é fundamental para que possamos refletir com frieza nas soluções que buscamos.
Quando nós entendermos qual o nosso PAPEL neste momento, neste lugar, nesta hora, aqui, começamos a dar um passo muito grande para um MUNDO MAIOR.

“O que me cabe?”, ou “O que posso fazer?”... Há diferenças... sutis, mas há...

Na primeira, NÓS JÁ SABEMOS NOSSO PAPEL. É um grande passo; na segunda, muitas vezes, não. Digo MUITAS VEZES, porque muita gente até SABE O QUE LHE CABE, mas... Bem, o enfoque, aqui, SOMOS NÓS, não os OUTROS.

Quando a gente se ABRE dessa forma – e, saber o que lhe cabe é justamente isso, isto é, é quando DEUS percebe que NÓS ESTAMOS NOS ENCONTRANDO. Estranho? Não. É sempre um processo DE DENTRO PARA FORA, e não o contrário. Os elementos para nossa felicidade, ou para nossa desdita ESTÃO DENTRO DE NÓS MESMOS. É por isso que se diz: DEUS ESTÁ EM TODA PARTE E IMANENTE, isto é, dentro de nós.

Esse ENCONTRO CONOSCO MESMOS (fica esquisito, mas fica bom!) é o LIMIAR de um MUNDO MELHOR, para nós e para as pessoas – O PRÓXIMO – que nos cercam... O próximo que está próximo...

Muitas coisas ficam para trás, muitas páginas hão de ser viradas... Lembra-se do retrovisor? Então... A gente vai procurando a NOS ENTENDER, pelo menos UM POUCO, nesse mundo louco, mas muito legal e que eu gosto, primeiro porque sou feliz (RELATIVO, lembre-se... FELICIDADE REAL É A DO ESPÍRITO... Por isso disse Jesus: “Meu Reino não é deste mundo”... Nosso reino não está neste mundo.), segundo porque as pessoas que convivo também acreditam nisso e igualmente são felizes.

Não se importe de deixar coisas, situações e pessoas no passado. Tudo passa, tudo DEVE passar. Não lhe fará falta alguma, tenha certeza.

Acredito sinceramente no bem e nas pessoas, mas não podemos caminhar com elas, em determinados momentos de nossas vidas; acredito que determinadas situações fizeram a nossa felicidade ou a nossas lágrimas caírem, mas daí ficar com elas, repeti-las, porque nos deixaram tristes ou alegres...; e o que não dizer das coisas, de o quanto somos APEGADOS a elas... Como pronunciamos o pronome possessivo sempre na primeira pessoa do singular (claro!): a minha bolsa, o meu paletó, a minha casa, o meu pé... Para estendê-las às pessoas, então, não fica difícil: o meu pai, a minha mãe, o meu filho... Que confusão!!!

E o apego, então, que temos com relação aos outros... É! Também nos apegamos a eles: o que dizem, o que fazem, o que pensam... Quanta coisa, hein?...

André Luiz, em um livro maravilhoso que se chama ESTUDE E VIVA, cuja psicografia é de WALDO VIEIRA E FRANCISCO CÂNDIDO XAVIER ensina-nos que: “O que as pessoas fazem, o que as pessoas dizem, o que as pessoas pensam, é problema delas, não nosso”. Só umas licença poética, para refletirmos...

Vamos, então, trazendo ELEMENTOS para que você e todos nós possamos refletir um pouco sobre isso tudo que se está passando por aí... E, o que não é menos importante, TUDO O QUE SE PASSARÁ DORAVANTE...

Penso que seja um bom começo e que possamos dar continuidade a esse papo.

Sabe, dei aulas de Espiritismo durante seis anos nas Casas André Luiz. Acredito que eu tinha muitos “alunos” com esse tipo de problema a ser resolvido... E tinha mesmo... Não tinha, não tenho e jamais terei a pretensão de ajudar a ninguém, de mudar ninguém (o que dirá a política, em minha vida). Uma coisa aprendi, durante todos esses quase quarenta e dois anos de vida: nunca consegui mudar ninguém: se o cabra não acreditasse em espírito, não era eu que o faria acreditar, sabe? Minhas aulas eram bem esse tom, libertador, que o Espiritismo e o Socialismo me deram. É o mundo ideal, a sociedade do futuro, é como os Espíritos se organizam do lado de lá. Aprendi a gostar de libertar as pessoas, de seus medos, ansiedades, traumas, perseguições, manias, defeitos, crendices tolas, etc...  Aprendi com os Espíritos superiores e com os quais me comunicava – e procurava ouvi-los muito - justamente isso: o respeito ao livre arbítrio: o Espírito sopra onde quer... Claro, a semeadura é livre, mas a colheita é obrigatória...

Aí você me pergunta... E o limite? Quem o impõe? O uso do livre arbítrio é diretamente proporcional ao desenvolvimento do senso moral: quanto mais o homem sabe a diferença do bem e do mal, mais tem liberdade... E sofre suas consequências, boas ou más, dependendo do que faz com ela.
Uma boa hora para trazer coisas boas em minha mente... Agradeço-lhe sinceramente...

Por falar em aulas, etc., às vezes meus alunos pediam esse “feed back” comigo e eu fazia com prazer. Claro, guardadas as devidas proporções e situações, você não é meu aluno e eu não estou mais dando aulas, a despeito de continuar a estudar o Espiritismo... Sim, a vida é um constante estudar... Aproveito os poucos minutos que me sobram da hora do almoço para fazê-lo. As demais, ocupo-me em me ocupar com a minha esposa, carecedora de minha atenção, já que a recíproca é verdadeira... Ainda que não fosse... Mas sempre tenho tempo para conversar sobre essas coisas... A gente arranja tempo sempre que a coisa se nos torna prazerosa... Ou quando a fazemos prazerosa, na maioria das vezes...

A vida, aqui no interior, é um pouquinho mais suave que aí, na Capital estressada... Aqui, a cidade não o é, mas as pessoas, em sua maioria, sim... Ambiente não faz o monge, assim como o hábito... Pensam estar numa “grande” cidade, onde as coisas devem ser resolvidas num piscar de olhos (num lugar onde tudo, absolutamente tudo fica a dez minutos de distância, um de outro... andando bem devagar, como eu...), naquela correria... Correndo atrás de quê?... Aliás, a gente muito aprende observando os outros...

Preocupados que estão, porque agora os pobres viajam de avião, comem, assistem às novelas, tem automóvel, conseguem pagar o aluguel, tem casa, fazem amor, faculdade, escovam os dentes, tomam café da manhã, almoçam, jantam, falam mal do governo, torcem para o Corínthians (bem, isso eles sempre fizeram!), dormem em lençóis limpos comprados nas Casas Pernambucanas, em camas mais firmes, fazem churrasco no final de semana, vestem roupas do shopping, tomam casquinha do Mc Donalds... Oh, meu Deus, quanta preocupação! Deus salve o nosso país... Graças a Deus o impeachment vai sair...

Quase todo mundo vivendo como quase todo mundo. Acho que as pessoas querem quase a mesma coisa: uma casa, carro, cachorro, filhos (um menino e uma menina, de preferência que, depois, não sejam gays ou lésbicas! Já pensou? Que decepção!!!), e um vizinho que não incomode, é claro!

Muito bem: era o que tinha a lhe dizer. Não vou entrar no mérito disso ou daquilo, não. Penso que não é dessa forma que nós vamos achar aquela solução que tanto você quer; muito ao contrário, ninguém apaga fogo com querosene, não é mesmo?

Estamos à sua disposição, para esclarecimentos, etc. Outros elementos que lhe podem ajudar podem ser trazidos à baila pelos nossos queridos seis outros irmãos, não tenha dúvidas. Aguardemos, com muita fé e esperança em dias melhores. Oremos sinceramente, porque DEUS jamais nos desampara, e enxerga o fundo de nossos pensamentos e o nosso coração e sabe o quanto Ele pode confiar em nossa capacidade de superação – de nós mesmos – e crescimento espiritual; confie, busque ajuda junto ao seu amigo espiritual, ou anjo da guarda... Não digo isso porque ANJOS não existem, mas é só para você me entender melhor: todos nós, ao volvermos para a terra, temos um companheiro espiritual encarregado de velar por nós e nos acompanha, alguns durante muitos séculos... Confie. Todos nós somos muito frágeis, com nossas debilidades espirituais e necessitamos de ajuda... Todos nós... 

E olhe que sou um cara que gosta de música velha, música de maconheiros e viciados em LSD, etc..

Até lá.
Pirassununga, 5 de abril de 2016.


domingo, 6 de dezembro de 2015

RUBBER SOUL: 50 ANOS!!! MTV: 50 ANOS!!!!

Boa tarde!!! Domingão no interior,,, Show de bola!!! Fim de semana "prolongado" é só alegria!!!

50 anos de RUBBER SOUL...

O mundo começava a não mais ser o mesmo... O mundo da música começava a não ser mais o mesmo... O mundo do rock começava a não ser mais o mesmo... Há 50 anos era lançado o disco que viria ser a grande transição da maior banda de todos os tempos...

Capa do meu estéreo, novo, com selo Parlophone...

Após o lançamento de Help!, os Beatles estavam exaustos. A Beatlemania começava a cobrar o seu preço. Em 13 de agosto de 1965 os Beatles chegavam à Nova York, para uma curta turnê nos EUA e no Canadá: 12 dias, 14 apresentações, com cerca de 320 mil fãs histéricas/histéricos.


O disco foi lançado assim, na Inglaterra, na época... Menos em estéreo. O disco original, de época, era MONO!

Nisto, houve a inauguração do Shea Stadium, um estádio erigido para abrigar partidas de beisebol. Recorde de público para uma apresentação, até então. Cerca de 55 mil pessoas gritando sem parar assistiram aos Beatles tocar naquela noite memorável, em que os quatro estiveram melhor do que nunca e também se divertiram melhor do que nunca.

Aí está: Contracapa do disco mono, inglês...

Este, sim, original: mono, Parlophone, que, logo, logo, minha agulha percorrerá!!!



Este é o compacto nacional, de 1966, de DAY TRIPPER/WE CAN WORK IT OUT... De 1966, mesmo!!!

Nesta estada nos EUA, encontraram-se com Elvis (que não lhes deu muita bola... Medo da sombra).
Voltando à Londres, em setembro de 1965, estavam mais ricos e menos, muito menos dispostos a continuar com as turnês, até porque Brian Epstein e George Martin ainda tinham em mente aquelas metas de 2 lp’s por ano, mais 4 compactos... Haja saco...


Curioso compacto brasileiro, com YESTERDAY (do Help!), de um lado e MICHELLE (do Rubber Soul) de outro...







Todos os meus compactos foram adquiridos ANTES da "febre", "modinha" de hoje em dia, do vinil... Paguei parcos R$ 1,00 (isto mesmo!), cada, de minha coleção... Hoje... aham... E quase todos em ótimas condições...

À essa época, a maconha e o LSD começava a fazer parte do cotidiano de, pelo menos um Beatle: John. Quanto à primeira, seguramente dos quatro. Mas John, em entrevista alguns anos depois, declarou que usava LSD quase todos os dias... Que turnê, que nada!!!


Meu LP nacional, dos anos 1970... As capas eram idênticas à inglesa, com um detalhe ou outro diferente, como o capitólio da Odeon, por exemplo...

E resolveram tirar “férias”. É durante estas “férias” que a música que fecha Rubber Soul, Run for your life, surgiu. E surgiu sob pressão, porque ainda sofriam aquela pressão por sucessos. John sempre a odiou e, claro, é o símbolo da TRANSIÇÃO, a qual nos referimos alhures. Esta música “convive” no LP com músicas proféticas, que captaram o que “estava no ar”: The Word já é, em si, um manifesto do amor universal, que viria a ser escrita meio ao verão do amor, dois anos depois: Ally ou need is love; com letras mais maduras (In my life, uma das melhores canções de todos os tempos); referências veladas às drogas (Day tripper, que é da mesma leva, mas foi lançada em single, junto com We can work it out, no mesmo dia de Rubber Soul), entre outros arranjos mais arrojados, pianos tocados em maior velocidade, buscando um tom mais barroco, etc.


Esta prensa dos anos 1970 do Brasil não é muito boa, tal como a dos anos 1960. Nesta daí, dos anos 1970, vinha com este encarte aí, para acomodar o disco...

Em outubro de 1965, portanto, o grupo grava nove músicas, mais duas que seria o compacto, o qual me referi. Entretanto, começavam a faltar músicas e inspiração, na medida em que as coisas começavam a exercer pressão nos quatro, que, acabaram ressuscitando WAIT, que fora gravada para o Help! e descartada.



Selo "canudinho", dos anos 1970... Este Rubber Soul é do ano em que nasci... Chique, hein? Comprado na CAROS E AFINS, antes da "modinha"... Não paguei tão caro, assim, mas hoje... Se eu fosse comprar...

No dia 26 de outubro, entretanto, deram uma pausa para as gravações e foram ao Palácio de Buckingham, para serem condecorados com a comenda MBE (Membro da Ordem do Império Britânico), das mãos da Rainha Elisabeth, o que provocou uma onda de DEVOLUÇÃO da medalha de veteranos de guerra, que não suportavam o fato de uma banda de rock – sinônimo de desordem e perversão da juventude – receber tal honraria. Guardadas as devidas proporções, tal como aconteceu recentemente aqui no Brasil, quando alguns destes “guerreiros” devolveram/recusaram “medalhas” e coisa parecida.

Ser golpista – destituir um governo eleito pelo povo, sem qualquer motivo jurídico/constitucional, pela força, ou não, É GOLPE, para os menos avisados, ou para os “bem” avisados -, e ser “terrorista” não tem diferença: São as duas pontas da ferradura (nos dias de hoje, no Brasil: PT e PSDB): parecem distantes, mas estão bem próximas. E, quando agimos com violência, é claro que recebemos violência; ninguém que plante vento pode esperar dias de sol, paz e tranquilidade. Assim, os golpes; assim as revoluções, assim as violências...

Contracapa do disco MONO nacional, de minha coleção.

A diferença, sempre, fizeram os Beatles, que eram referência para sua geração (e muito, muito ainda para as outras): recusaram estar em países que mantinham o povo sob opressão, ou coisa que o valha (no caso do BRASIL, à época, não só opressão, mas torturas, execuções, assassinatos, desaparecimento de pessoas, perseguições, etc.). Falo isto, porque, foi justamente neste período que se cogitou trazê-los para cá, em turnê, ideia logo rechaçada pelo grupo.

E fizeram mais: não como referência, mas como irreverência, bem ROCK AND ROLL: versão ventilada à época, e confirmada muitos anos depois, fumaram um baseado “básico” no banheiro do Palácio de Buckingham, “nas barbas” da Rainha, de toda a imprensa internacional que lá estava e de toda realeza. Então, para aqueles que acham isso, ou aquilo dos Beatles, é bom fazer uma boa (re)leitura da História. Por isso eram odiados pelos dois lados da ferradura: de um lado, eram um exemplo “da decadência do ocidente e do capitalismo”; de outro, “pervertores da juventude e agentes do comunismo internacional”. Havia, inclusive, várias teorias que “justificavam” as duas paranoias.
Nesse contexto, então, é que surge RUBBER SOUL, uma homenagem à SOUL MUSIC, que John e Paul adoravam.


Entre 3 e 11 de novembro de 1965, portanto, o disco era finalizado em Abbey Road, com Michelle, You won’t see me, The word, Think for yourself (de George) e What goes on, começada a ser escrita por Ringo, em 1963, e terminada pela dupla, para ele cantar. E ainda conseguiram gravar o disco de Natal para o fã clube.

Reparem como era o símbolo da Odeon, nos anos 1960... Só faltou o registro da CENSURA... Censura NUNCA MAIS!!!

A capa do disco é um assunto à parte: num primeiro momento, sugere-se as mudanças de percepção do grupo, em virtude do LSD, mas não foi bem assim, porque (ainda) não se tratava de um álbum psicodélico. Mas mostra nitidamente essa TRANSIÇÃO.

Rubber Soul representa, também, o primeiro disco “pop” da história a usar a cítara em suas faixas, em Norwegian Wood (The Bird has flown). Geroge ficou fascinado com o som dela nas gravações de Help!, nas Bahamas e, a partir daí, foi estuda-la e, mais tarde com Ravi Shankar.

Brian Wilson, o “líder” (sim, entre aspas. Há controvérsias) dos Beach Boys, banda do outro lado do Atlântico que, à época, começou ficar obcecado por concorrer e ser melhor que os Beatles, quando Paul levou os acetatos do disco para ele, em Los Angeles, disse, certa vez, que “quase pirou” ao ouvi-lo. É certo que Brian Wilson pirou mesmo, dado o seu estado, porque, jamais ele e sua banda conseguiriam fazer algo parecido. Nem com TONELADAS DE LSD!!!! Nem dois “PET SOUNDS”!!!


Nacional, mono, de 1966... Em 1965 não foi lançado o Rubber Soul no Brasil... Só em 1966. Em 1965 foi lançado o lp THE BEATLES '65, objeto de postagem anterior... Este encarte branco é de época e acomodava o lp, sem plástico.


OS PRIMEIROS VIDEOCLIPES DA HISTÓRIA: PRECURSORES DA MALFADADA MTV!

Com essa correria toda, programas de rádio, televisão, entrevistas, o grupo arrumou uma alternativa (sim, não havia INTERNET, COMPUTADORES...) para divulgar, ao mesmo tempo de tudo isso, suas músicas: contrataram uma equipe extremamente profissional e gravaram um OUT, DAY TRIPPER, HELP!, TICKET TO RIDE e I FEEL FINE.

Durante as filmagens de DAY TRIPPER.

IDEM...
 São, portanto, os primeiros videoclipes da história da música e do Rock. Daí surgiu tudo o que vimos nesse sentido.

O dia 3 de dezembro de 1965, então, marca três datas relevantes para o rock e para os Beatles: o início da última turnê deles na Inglaterra. Em Liverpool, por exemplo, foram recebidos 40.000 pedidos de ingresso – isso em 1965!!!, mas o teatro só comportava 2.500 lugares. Depois, somente viriam tocar na Inglaterra no telhado do prédio da Apple, em Londres; o lançamento de RUBBER SOUL e o compacto DAY TRIPPER/WE CAN WORK IT OUT.


Acabavam, assim, a Beatlemania, as letras “menina apaixonada por menino e vice-versa” e os arranjos simples e os temas juvenis: RUBBER SOUL representa, para nós outros, roqueiros, um disco importantíssimo e de TRANSIÇÃO, com o uso da maconha, influência de Bob Dylan e em meio a ideias e coisas que estavam no ar ou por acontecer: amores furtivos, paz e amor, temas adultos, mensagens subliminares sobre as drogas. A EMI teve que encomendar às pressas mais LP’S, pois foram vendidas mais de 500.000 cópias do RUBBER SOUL só na primeira semana e, do compacto, “apenas” 750.000. Os Beatles não eram mais os mesmos. O mundo estava mudando. O rock, depois de RUBBER SOUL, nunca mais seria o mesmo de seus primórdios e início dos anos 1960.

Há 50 anos... O Rock mudou. E, há um ano, o Alex também mudou. A roda da História é inexorável. Para mim, para todos e para o Rock. Pena que, para o Rock, está difícil.

RUBBER SOUL

O ano está terminando e, claro, vamos desejando um bom Natal a todos e que possamos ter um 2016 cheio de paz e amor para todos nós. Mais do que nunca, com disse John, em tom profético...