“Qualquer que fosse o vento da época, ele também impulsionava os
Beatles. Não nego que fôssemos a bandeira no mastro do navio. Mas o barco
inteiro estava em movimento.”. John
Lennon , Playboy, 1980.
Pausa na gravação dos clipes de Penny Lane e Stawberry Fields: a influência psicodélica; |
Dando seqüência às comemorações dos 50 anos de Sgt. Peppers, vamos
voltar um pouco no relógio do tempo, para começarmos entender como surgiu este
disco, já que tão diferente dos outros deles, e, claro tão muito diferente dos
outros, das outras bandas e artistas da época... E muito, mas muito diferente
do que veio depois dele.
Voltemos ao verão de 1966 - para eles, maio/junho daquele ano. Mais
precisamente o dia 27 de maio, dia em que Bob
Dylan deixou os ingleses – e os Beatles – de queixos caídos
com sua histórica apresentação no Royal Albert Hall. Depois daquela noite, a
maior dupla de compositores da história jamais foi a mesma, confirmando o que
os outros dois encontros anteriores com Dylan já os haviam transformado – senão
apenas em um – Lennon.
Dylan fez de sua tempestade elétrica a transformação do folk e do
pop no que chamamos modernamente hoje de rock and roll. É impossível entender o
rock, da segunda metade dos anos 1960 até pelo menos o início dos anos 1990,
com a ascensão das bandas de Seattle e do novo Brittop e o seu evidente
declínio, depois disso, nesses tempos tenebrosos em que passamos, sem conhecer
Bob Dylan e seus contemporâneos do outro lado do Atlântico.
O modo de compor (dizer) as músicas mudou. O comportamento mudou. E,
como veremos, o modo de fazer discos, mudou.
Enquanto isso, o Beatle “menos ligado” a Dylan, Paul, estava junto
com os demais, na noite em
que Dylan apresentou Allen Ginsberg, o beatnik – que depois
se tornou um dos líderes da contracultura.
Ao mesmo tempo, Barry Miles foi o organizador da primeira leitura da
poesia de Ginsberg em Londres, tendo sido também mantenedor do estoque da
poesia beat naquela capital, através da City Lights, de São Francisco.
McCartney, sem perder tempo, começou a andar com Miles, que o
introduziu para o underground artístico de Londres, que já àquela época,
fervilhava. Bebendo desta “cultura”, ou melhor dizendo, contracultura, e
influenciado pela fumaça característica em seu redor. Isso se intensificou e
foi um dos motivos pelos quais Paul mudou-se da residência dos Asher (dos pais
de sua namorada à época, Jane Asher) para St. John’s Wood – lugar bem próximo
dos estúdios de Abbey Road e, claro, dos “points” de onde a coisa “acontecia”.
olhem o que acontecia no submundo londrino: o Pink Floyd! |
Sua visão de mundo mudou, sobretudo acerca de som e imagem. Era a
era psicodélica que, enfim, chegava a um Beatle. E do Beatle, talvez, mais,
digamos, eclético e interessado, o que o levou a declarar “Eu achava que quem
fazia coisas esquisitas era esquisito. De repente, percebi que quem fazia
coisas esquisitas não era esquisito, que as pessoas que diziam que eles eram
esquisitos é que eram esquisitas”.
Agora, perguntamos: aonde estava John Lennon? John, à essa época,
morava, a exemplo de Paul, um pouco longe disso tudo e ansiava, como Paul, a
mudar-se para mais próximo do centro de Londres, o que o fez dois anos depois,
inclusive mudando também de esposa.
Achava – e com razão – que ele levava uma vida suburbana e
imbecilizante, “perto do clube de golfe com Cynthia”. E, ao chegar, no começo
de abril de 1966, à primeira sessão de gravação de um novo disco dos Beatles
(que viria a chamar-se Revolver), com um canto fúnebre monocórdico e sem nome
deu a Paul total liberdade para trazer seus apoios de vanguarda, naquela que se
chamaria, também incidentalmente, e que ficou na história como “tomorrow never
knows”. “Abandone cada pensamento, entregue-se ao vazio...”... A partir de
então, o caminho estava aberto.
Daí, para “She said, she said”, escrita apenas três semanas depois
do show de Dylan, foi tudo apenas um passo.
Era o fim de uma era. Para os Beatles. E para a música. E o começo
de outra, para a história. Jamais voltariam a apresentar-se num palco (com
exceção do telhado da Apple), até porque havia bandas melhores que eles, neste
lugar: não dava para competir com Who, Stones, Kinks, Yarbirds, bandas muito
mais furiosas e performáticas ao vivo. E, claro, sua nova música contrastava
muito com seu velho “setlist” dos shows: é difícl imaginar eles tocando “Baby’s
in black” e “Paperback writer”, “All my loving” e “Rain” num mesmo show, por
exemplo, já que havia um descompasso entre seu costumeiro público adolescente e
a nova juventude que estava surgindo.
O verão de 1966, portanto, o que antecedeu ao "verão do
amor" (1967) determinou novos rumos ao rock, para sempre, com estes
lançamentos: Pet Sounds, dos Beach Boys, Blonde on Blonde de Bob Dylan e
Revolver, dos Beatles iniciaram o mergulho no mar lisérgico. Os três tinham
isto em comum: o uso de drogas para provocar a manifestação da mente, como
estímulo para composição (e comportamento).
Esta expressão "que provoca a manifestação da mente" é de
Humphrey Osmond, para definir o tema "psicodélico", datada de 1956.
Talvez, a primeira música que fala sobre o uso de drogas no rock
surgiu com Dylan, em "Subterranean Homesick Blues": "Johnny's in
the basement/Mixing up the medicine" (Johnny está no porão, preparando o
remédio, isto é, extraindo a codeína do xarope para tosse que ainda podia ser
comprado na farmácia.). Tal como "Mr. Tambourine Man", que sugeria
que algo além do haxixe impulsionava as velas do "magic swirlin'
ship" (barco mágico que gira) de Bobby.
As moscas não pousam em Syd Barrett!!! Nem no Pink Floyd!!! |
Mas no caso de Dylan, o uso de anfetamina foi o que o conduziu
durante esse processo. Mas no Caso de Brian Wilson, o confuso e competitivo
líder dos Beach Boys, foi mesmo o LSD que o fez "viver em outro
mundo", quase que para sempre. "Tomei minha cota de LSD. Isso
danificou minha mente... Voltei, graças a Deus, mas não sei em quantos
pedaços", disse ele, em 1975.
Wilson entrou numa paranoia de competição contra os Stones e,
principalmente contra os Beatles, quando ouviu, pela primeira vez, Rubber Soul
(1965), e quis dar “a resposta americana” ao disco, com Pet Sounds (1966). Mas
sentiu-se extremamente inferiorizado, ao ouvir “Revolver” – e o ouviu de forma
errada, já que nos EUA, não houve o lançamento de Revolver, e sim, de uma
“colcha de retalhos” de Revolver e Rubber Soul: “Yesterday & Today”, como a
Capitol fazia com os discos dos Beatles: fora de contexto e propósito.
Daí, como muitos americanos, Wilson não entender a progressão
sequencial e óbvia de Rubber Soul, Revolver e Pepper (este último, o primeiro a
ser lançado nos EUA como o original inglês).
Com a cena underground de São Francisco (Freak out, de Mother’s of
Invention, de Frank Zappa) e de Nova York (Velvet Underground & Nico)
fervilhando e, coincidentemente com a última turnê dos Beatles passando por lá,
acredita-se erroneamente que os Beatles absorveram as cenas. Não. As suas
turnês eram rápidas e mal davam tempo de parar para isso ou aquilo. As “cenas”,
aliás, chegaram até eles como já dissemos lá em cima.
A cena de São Francisco, no entanto, tinha uma outra banda com uma
visão psicodélica, não menos influente aos Beatles: The Byrds, que durou pouco
com seu “mais sai do que entra” de integrantes e com o excesso de uso de drogas
psicodélicas.
Outro que havia chegado à “cidade do momento” era Jimmy Hendrix,
levado pelo ex - empresário dos Animals, Chas Chandler, no dia 24 de setembro
de 1966. Foi em Londres que Hendrix, com sua primeira banda, “Experience”,
tornou-se o que hoje todos nós conhecemos. Vivendo nos EUA ele não teve nenhum
sucesso. Em 24 de novembro gravou seu primeiro compacto – “Hey Joe”, colocando
Londres para fervilhar.
Syd, em uma apresentação no UFO |
Já os supostos rivais locais dos Beatles, com “Paint it Black”,
abandonavam de vez o rythm & blues e suas cantigas de angústia adolescente
– Satisfaction, The last time, entre outras; os Kinks e seu líder, Ray Davies,
com “Set me free”, “Sunny afternoon” e “Dead end Street”, também chegavam nas
paradas; e os rapazes de Bush, The Who, com a sua performance “I can see for
miles” (que eu gosto pra caramba!!!) estavam tentando enxergar a luz
psicodélica, que ofuscaria a muita gente...
Menciono-os todos aqui, para podermos compreender melhor como estava
Londres nos idos de 1966 e como os integrantes de todas essas bandas
relacionavam-se e trocavam experiências musicais... e drogas.
Há cinquenta anos, portanto, o rock passava por
transformações. Os meses de janeiro, fevereiro e março de 1967 assinalam o
período das sessões gravação das músicas do disco, época em que, também, a
banda começou a separar-se, como veremos mais adiante. Muita gente – leigo em
matéria de Beatles ou não – ainda acredita que eles se separaram no período e
nos discos que vieram depois de Pepper, conforme quase uníssono que se formou
depois da separação. Mas foi com Pepper que mentalmente cada membro da banda
começou a tomar o seu próprio rumo, como haveria de ser natural, se olharmos o
ano de 1967 e, claro, como colocamos na bolgagem anterior, isto é, cada um
começou a dar conta apenas de si e de suas respectivas famílias (exceto Paul,
que ainda não era casado e John, cada vez mais fora desse mundo em que vivemos,
por conta do LSD).
Todo o esforço de todos os envolvidos com o disco em torná-lo
“conceitual” (tem-se a ideia e, em cima dela, faz-se a coisa do início ao fim)
esmoronou-se, não somente por conta das diferenças que começavam a aparecer,
mas também em razão do afastamento de Brian Epstein, que os unia, de certa
forma, por conta mesmo dos egos individuais, que começavam a aflorar.
Isso não quer dizer, entretanto, que o disco não possui “certa”
unidade; mas, quanto à ideia e ao impulsionamento, com certeza, Paul foi o
grande responsável – para o bem e para o mal – pela elaboração do disco, quase
se tornando um álbum solo dele.
É que em 1967, como já dissemos, Paul tinha mais liberdade para
sorver o que acontecia na “cidade do momento” (Londres), já que havia se mudado
para um local próximo aos estúdios de Abbey Road e, claro, o único beatle
solteiro podia “badalar’ na noite de Londres – como o fez - , sem se preocupar
em “voltar para casa”: Jane Asher, sua namorada à época era uma atriz de grande
futuro e priorizava sua carreira; logo, viajava sempre e, por esta época,
estava nos EUA, deixando a área “limpa” para Paul.
O fim das turnês dos Beatles significou o maior período produtivo da
banda. Isto é certo. Mas não é menos certo que significou, também, esse
distanciamento de interesses entre os quatro. E, claro, um fôlego para a
“concorrência”, dos dois lados do Atlântico, já que as bandas, com exceção dos
Stones, estavam em plena atividade, tanto de composição de discos, quanto de
shows.
Falando nisso, e para que não nos alonguemos muito, a “concorrência”
tinha uma banda formada em Cambridge, em 1965, chamada “Sigma 6”, que,
posteriormente, ao cair seu último bastião de blues – o guitarrista Bob Klose –
mudou seu nome para “The Pink Floyd Sound”, uma homenagem a dois bluesman’s
norte-americanos: Pink Anderson e Floyd Council, batizada pelo seu grande,
histórico e líder nato (E GÊNIO) Roger Keith “Syd” Barrett.
Partiu, principalmente, dessa “concorrência”, em Londres, a faísca
que caiu na cabeça de Paul para a ideia e construção do disco. Explico:
O Pink Floyd, já rebatizado, era – e sempre será – a banda
precursora e o grande expoente do psicodelismo inglês, quiçá do mundo, já que
do outro lado do Atlântico, as outras que se lhe assemelhavam não faziam nem
10% do som psicodélico que o Floyd fazia, no estúdio e principalmente ao vivo.
O Pink Floyd no UFO |
É. É a minha segunda banda. Senão a primeira, já que os Beatles é
“our concour”.
Conduzida pelo seu líder, Syd Barrett, a banda era, nessa época, a
grande atração do “underground” de Londres. Seus shows reproduziam com
fidelidade os efeitos das visões de quem toma LSD, através de “slides”
coloridos com óleo que eram mostrados no palco, que proporcionavam os tais
efeitos. Foi a primeira banda da história a combinar música e som.
Neste mesmo período fértil, conseguiram um contrato com a EMI, a
mesma gravadora dos Beatles; possuíam um excelente compositor: Syd Barrett; e
tinham o endosso de Paul McCartney, que já os conhecia de suas andanças nos
clubes de shows da cidade.
Foto da entrevista que Paul deu à TV, na época, defendendo a coisa psicodélica e, por tabela, o Pink Floyd. |
Gravaram o disco “The Piper at the Gates of Dawn”, o melhor disco
psicodélico da história, lançado em julho/agosto de 1967, um mês depois de
Pepper, por conta da agenda lotada de shows da banda, e, claro, por conta
também do lançamento de Pepper... E também devido às pressões da EMI para que o
Pink Floyd lançasse um “single” de sucesso, após “Arnold Layne”. Naquele tempo,
o mercado de discos era feito com sucessos – isto é, “singles”, compactos de 7
polegadas e depois as bandas lançavam um LP.
PIPER... Não é melhor do que PEPPER, mas é mais, muito mais PSICODÉLICO!!!! |
Esta é minha edição nacional, em estéreo... |
Syd Barrett é GÊNIO!!!! |
Sgt. Peppers acabou também com isso. Inaugurou outra era no mercado
fonográfico.
Daí o Floyd gravar seu “doce”
compacto “See Emily Play” (a garota que começou a perder a cabeça na
brincadeira, o que, claro, era uma referência a uma usuária de LSD) e a não
menos doce, “Candy and a Currant bun”. “Doces” era uma das gírias que os
usuários referiam-se ao LSD, cujo consumo tornou-se proibido nos anos 1960.
O Floyd tocavas nos “Clubs”, isto é, nos clubes – assim se chamavam
os locais de shows, na era pré-estádios e pré-arenas (“arena”... termo para
designar um local de luta... ah, essas “modernidades”...). Dois destes merecem
destaque, para a cena da “cidade do momento”: Marquee e UFO. No primeiro havia
uma gama de bandas um pouco mais diferentes no som – The Move e Soft Machine
revezavam as noites com o Floyd.
Já no último, o UFO, foi o primeiro clube londrino onde a psicodelia
local encontrou seu grande palco e, claro, a maior banda psicodélica da história
tornou-se frequente por lá, tocando em quase todas as sextas-feiras, de dezembro
de 1966, até o seu fechamento, outubro de 1967.
Show de luzes e som... |
Quando estive em Londres – claro! – passei por lá, naquele local
histórico, que recebeu e deu palco para minha grande banda e onde Syd Barrett
consagrou-se. O prédio ainda existe, mas não tenho ideia do que abriga... Quem
sabe as luzes psicodélicas ainda perambulam por lá?...
Meu CD, remasterizado em estéreo e em MONO, que é como Piper - E PEPPER - devem ser ouvidos... Pois assim foram gravados... |
Outro clube de destaque, em Londres, era o Speakasy, onde o Procol
Harum (banda psicodélica, que mais tarde viria a fazer rock progressivo)
apresentou “A Whiter Shade of Pale”, com a presença dos quatro Beatles, no
final de maio de 1967.
Paul McCartney era presença certeira em todos esses clubes. E foi o primeiro Beatle a conhecer e ouvir o que estava acontecendo na cidade. E a conhecer a ouvir o Pink Floyd, o maior expoente da cidade, assumidamente "ligada".
cartaz de janeiro de 1967. |
"Ricky Tick" era outro Clube de Londres, onde o Pink Floyd levava o psicodelismo... |
Daí, cai por terra mais uma lenda sobre Pepper, que muita gente achou - a ainda acha - que é coisa de Lennon, por que era o líder natural dos Beatles (era, até Pepper, mesmo) e que era considerado um decano dos malucos de plantão. Mas foi o mais "careta" dos quatro quem descobriu o submundo londrino, e o idealizou, transformou-o, sintetizou-o, comandou-o do início ao fim em o maior manifesto da ética hippie, jamais superado por qualquer outro, num disco, neste disco: a trilha sonora universal dos hippies.
Na próxima blogagem, vamos falar mais especificamente das músicas. Acho que já podemos contextualizá-las, no tempo e no espaço... Espaço de cujo qual nada mais, nada menos do que Syd Barrett (e o Pink Floyd) é o grande porteiro, selecionando os viajantes...
"Há coisas além de baterias e guitarras que devemos tentar. Nos últimos anos, estamos à vontade, considerando que as pessoas se acostumaram a comprar nossos discos... Podemos fazer o que nos agrada sem nos conformar ao padrão pop. Não estamos envolvidos apenas com música pop, mas com toda a música e há muita coisa para conhecer.". George Harrison, 1967.
"Percebemos pela primeira vez que um dias alguém estaria segurando algo chamado 'o novo disco dos Beatles', e normalmente isso seria só uma coleção de músicas com uma foto bonita na capa, nada mais. Então a ideia era criar algo completo com que a pessoa pudesse fazer o que preferisse; só que oferecido de forma mágica.". Paul McCartney, 1967.
"Sempre detesto ouvir partes de minhas músicas que não ficaram boas. Há partes em 'Lucy in the Sky' de que não gosto. Parte do som de 'Mr. Kite', não ficou bom. Gosto de 'A Day in the Life', mas não ficou tão legal quanto eu achava quando a fizemos. Creio que deveríamos ter trabalhado mais nela. Mas não levantei a bunda para fazer nada.". John Lennon, 1968.
"Pessoalmente eu não gosto mais de ser um Beatle. Toda essa coisa 'Beatle' é trivial de desimportante. Estou farto dessa ideia de eu, nós e todas as coisas sem sentido que fazemos. Estou tentando encontrar soluções para coisas mais importantes na vida.". George Harrison, 1967.
"Paul vinha ouvindo muita coisa de vanguarda(...). Ele tinha dito a John que gostaria de incluir uma passagem com esse clima vanguardista. Teve a ideia de criar uma espiral ascendente de som, sugerindo que começássemos a passagem com todos os instrumentos na nota mais grave, progredindo até a mais aguda, cada um a seu tempo.". George Martin, 1967.
"Brian Epstein com certeza temia que eles estivessem indo muito além da cabeça do público - particularmente com 'A Day in the Life' - . No que lhe dizia respeito, os Beatles se resumiam a shows ao vivo e garotas gritando. Ele achava que a banda se enterraria no próprio traseiro se continuasse a fazer aquela merda esquisita... Eu presenciei o final de uma conversa. Ele estava muito descontente com a direção tomada, e Paul o tranquilizava, 'Vai dar tudo certo. Todo mundo vai adorar.'". Miles
"Gravar foi muito simples. Trabalhamos no primeiro trecho, que era de John, e então Paul disse que tinha alguma coisa. Então gravamos esse trecho. Mas havia esse espaço gigante entre os dois, então contamos os compassos e pensamos em preencher depois. Nesse ponto já nos sentíamos à vontade no estúdio e com que tentávamos fazer. Fazia parte do jeito como trabalhávamos... Não sentávamos e reclamávamos, 'Ai, meu Deus, olha o que estamos fazendo.' Era simplesmente 'Vamos fazer isso'.". Ringo Starr, 1987
Paz e amor, sempre, a todos...