domingo, 12 de março de 2017

50 ANOS: OS HIPPIES GANHAM SUA TRILHA SONORA UNIVERSAL: SGT. PEPPER'S LONELY HEARTS CLUB BAND - II PARTE

“Qualquer que fosse o vento da época, ele também impulsionava os Beatles. Não nego que fôssemos a bandeira no mastro do navio. Mas o barco inteiro estava em movimento.”. John Lennon, Playboy, 1980.

Pausa na gravação dos clipes de Penny Lane e Stawberry Fields: a influência psicodélica;

Dando seqüência às comemorações dos 50 anos de Sgt. Peppers, vamos voltar um pouco no relógio do tempo, para começarmos entender como surgiu este disco, já que tão diferente dos outros deles, e, claro tão muito diferente dos outros, das outras bandas e artistas da época... E muito, mas muito diferente do que veio depois dele.

Voltemos ao verão de 1966 - para eles, maio/junho daquele ano. Mais precisamente o dia 27 de maio, dia em que Bob Dylan deixou os ingleses – e os Beatles – de queixos caídos com sua histórica apresentação no Royal Albert Hall. Depois daquela noite, a maior dupla de compositores da história jamais foi a mesma, confirmando o que os outros dois encontros anteriores com Dylan já os haviam transformado – senão apenas em um – Lennon.

Dylan fez de sua tempestade elétrica a transformação do folk e do pop no que chamamos modernamente hoje de rock and roll. É impossível entender o rock, da segunda metade dos anos 1960 até pelo menos o início dos anos 1990, com a ascensão das bandas de Seattle e do novo Brittop e o seu evidente declínio, depois disso, nesses tempos tenebrosos em que passamos, sem conhecer Bob Dylan e seus contemporâneos do outro lado do Atlântico.

O modo de compor (dizer) as músicas mudou. O comportamento mudou. E, como veremos, o modo de fazer discos, mudou.

Enquanto isso, o Beatle “menos ligado” a Dylan, Paul, estava junto com os demais, na noite em que Dylan apresentou Allen Ginsberg, o beatnik – que depois se tornou um dos líderes da contracultura.

Ao mesmo tempo, Barry Miles foi o organizador da primeira leitura da poesia de Ginsberg em Londres, tendo sido também mantenedor do estoque da poesia beat naquela capital, através da City Lights, de São Francisco.

McCartney, sem perder tempo, começou a andar com Miles, que o introduziu para o underground artístico de Londres, que já àquela época, fervilhava. Bebendo desta “cultura”, ou melhor dizendo, contracultura, e influenciado pela fumaça característica em seu redor. Isso se intensificou e foi um dos motivos pelos quais Paul mudou-se da residência dos Asher (dos pais de sua namorada à época, Jane Asher) para St. John’s Wood – lugar bem próximo dos estúdios de Abbey Road e, claro, dos “points” de onde a coisa “acontecia”.

olhem o que acontecia no submundo londrino: o Pink Floyd!

Sua visão de mundo mudou, sobretudo acerca de som e imagem. Era a era psicodélica que, enfim, chegava a um Beatle. E do Beatle, talvez, mais, digamos, eclético e interessado, o que o levou a declarar “Eu achava que quem fazia coisas esquisitas era esquisito. De repente, percebi que quem fazia coisas esquisitas não era esquisito, que as pessoas que diziam que eles eram esquisitos é que eram esquisitas”.

Agora, perguntamos: aonde estava John Lennon? John, à essa época, morava, a exemplo de Paul, um pouco longe disso tudo e ansiava, como Paul, a mudar-se para mais próximo do centro de Londres, o que o fez dois anos depois, inclusive mudando também de esposa.

Achava – e com razão – que ele levava uma vida suburbana e imbecilizante, “perto do clube de golfe com Cynthia”. E, ao chegar, no começo de abril de 1966, à primeira sessão de gravação de um novo disco dos Beatles (que viria a chamar-se Revolver), com um canto fúnebre monocórdico e sem nome deu a Paul total liberdade para trazer seus apoios de vanguarda, naquela que se chamaria, também incidentalmente, e que ficou na história como “tomorrow never knows”. “Abandone cada pensamento, entregue-se ao vazio...”... A partir de então, o caminho estava aberto.

Daí, para “She said, she said”, escrita apenas três semanas depois do show de Dylan, foi tudo apenas um passo.

Era o fim de uma era. Para os Beatles. E para a música. E o começo de outra, para a história. Jamais voltariam a apresentar-se num palco (com exceção do telhado da Apple), até porque havia bandas melhores que eles, neste lugar: não dava para competir com Who, Stones, Kinks, Yarbirds, bandas muito mais furiosas e performáticas ao vivo. E, claro, sua nova música contrastava muito com seu velho “setlist” dos shows: é difícl imaginar eles tocando “Baby’s in black” e “Paperback writer”, “All my loving” e “Rain” num mesmo show, por exemplo, já que havia um descompasso entre seu costumeiro público adolescente e a nova juventude que estava surgindo.

O verão de 1966, portanto, o que antecedeu ao "verão do amor" (1967) determinou novos rumos ao rock, para sempre, com estes lançamentos: Pet Sounds, dos Beach Boys, Blonde on Blonde de Bob Dylan e Revolver, dos Beatles iniciaram o mergulho no mar lisérgico. Os três tinham isto em comum: o uso de drogas para provocar a manifestação da mente, como estímulo para composição (e comportamento).

Esta expressão "que provoca a manifestação da mente" é de Humphrey Osmond, para definir o tema "psicodélico", datada de 1956.

Talvez, a primeira música que fala sobre o uso de drogas no rock surgiu com Dylan, em "Subterranean Homesick Blues": "Johnny's in the basement/Mixing up the medicine" (Johnny está no porão, preparando o remédio, isto é, extraindo a codeína do xarope para tosse que ainda podia ser comprado na farmácia.). Tal como "Mr. Tambourine Man", que sugeria que algo além do haxixe impulsionava as velas do "magic swirlin' ship" (barco mágico que gira) de Bobby.

As moscas não pousam em Syd Barrett!!! Nem no Pink Floyd!!!

Mas no caso de Dylan, o uso de anfetamina foi o que o conduziu durante esse processo. Mas no Caso de Brian Wilson, o confuso e competitivo líder dos Beach Boys, foi mesmo o LSD que o fez "viver em outro mundo", quase que para sempre. "Tomei minha cota de LSD. Isso danificou minha mente... Voltei, graças a Deus, mas não sei em quantos pedaços", disse ele, em 1975.

Wilson entrou numa paranoia de competição contra os Stones e, principalmente contra os Beatles, quando ouviu, pela primeira vez, Rubber Soul (1965), e quis dar “a resposta americana” ao disco, com Pet Sounds (1966). Mas sentiu-se extremamente inferiorizado, ao ouvir “Revolver” – e o ouviu de forma errada, já que nos EUA, não houve o lançamento de Revolver, e sim, de uma “colcha de retalhos” de Revolver e Rubber Soul: “Yesterday & Today”, como a Capitol fazia com os discos dos Beatles: fora de contexto e propósito.

Daí, como muitos americanos, Wilson não entender a progressão sequencial e óbvia de Rubber Soul, Revolver e Pepper (este último, o primeiro a ser lançado nos EUA como o original inglês).

Com a cena underground de São Francisco (Freak out, de Mother’s of Invention, de Frank Zappa) e de Nova York (Velvet Underground & Nico) fervilhando e, coincidentemente com a última turnê dos Beatles passando por lá, acredita-se erroneamente que os Beatles absorveram as cenas. Não. As suas turnês eram rápidas e mal davam tempo de parar para isso ou aquilo. As “cenas”, aliás, chegaram até eles como já dissemos lá em cima.

A cena de São Francisco, no entanto, tinha uma outra banda com uma visão psicodélica, não menos influente aos Beatles: The Byrds, que durou pouco com seu “mais sai do que entra” de integrantes e com o excesso de uso de drogas psicodélicas.

Outro que havia chegado à “cidade do momento” era Jimmy Hendrix, levado pelo ex - empresário dos Animals, Chas Chandler, no dia 24 de setembro de 1966. Foi em Londres que Hendrix, com sua primeira banda, “Experience”, tornou-se o que hoje todos nós conhecemos. Vivendo nos EUA ele não teve nenhum sucesso. Em 24 de novembro gravou seu primeiro compacto – “Hey Joe”, colocando Londres para fervilhar.

Syd, em uma apresentação no UFO

Já os supostos rivais locais dos Beatles, com “Paint it Black”, abandonavam de vez o rythm & blues e suas cantigas de angústia adolescente – Satisfaction, The last time, entre outras; os Kinks e seu líder, Ray Davies, com “Set me free”, “Sunny afternoon” e “Dead end Street”, também chegavam nas paradas; e os rapazes de Bush, The Who, com a sua performance “I can see for miles” (que eu gosto pra caramba!!!) estavam tentando enxergar a luz psicodélica, que ofuscaria a muita gente...

Menciono-os todos aqui, para podermos compreender melhor como estava Londres nos idos de 1966 e como os integrantes de todas essas bandas relacionavam-se e trocavam experiências musicais... e drogas.

Há cinquenta anos, portanto, o rock passava por transformações. Os meses de janeiro, fevereiro e março de 1967 assinalam o período das sessões gravação das músicas do disco, época em que, também, a banda começou a separar-se, como veremos mais adiante. Muita gente – leigo em matéria de Beatles ou não – ainda acredita que eles se separaram no período e nos discos que vieram depois de Pepper, conforme quase uníssono que se formou depois da separação. Mas foi com Pepper que mentalmente cada membro da banda começou a tomar o seu próprio rumo, como haveria de ser natural, se olharmos o ano de 1967 e, claro, como colocamos na bolgagem anterior, isto é, cada um começou a dar conta apenas de si e de suas respectivas famílias (exceto Paul, que ainda não era casado e John, cada vez mais fora desse mundo em que vivemos, por conta do LSD).

Todo o esforço de todos os envolvidos com o disco em torná-lo “conceitual” (tem-se a ideia e, em cima dela, faz-se a coisa do início ao fim) esmoronou-se, não somente por conta das diferenças que começavam a aparecer, mas também em razão do afastamento de Brian Epstein, que os unia, de certa forma, por conta mesmo dos egos individuais, que começavam a aflorar.

Isso não quer dizer, entretanto, que o disco não possui “certa” unidade; mas, quanto à ideia e ao impulsionamento, com certeza, Paul foi o grande responsável – para o bem e para o mal – pela elaboração do disco, quase se tornando um álbum solo dele.

É que em 1967, como já dissemos, Paul tinha mais liberdade para sorver o que acontecia na “cidade do momento” (Londres), já que havia se mudado para um local próximo aos estúdios de Abbey Road e, claro, o único beatle solteiro podia “badalar’ na noite de Londres – como o fez - , sem se preocupar em “voltar para casa”: Jane Asher, sua namorada à época era uma atriz de grande futuro e priorizava sua carreira; logo, viajava sempre e, por esta época, estava nos EUA, deixando a área “limpa” para Paul.

O fim das turnês dos Beatles significou o maior período produtivo da banda. Isto é certo. Mas não é menos certo que significou, também, esse distanciamento de interesses entre os quatro. E, claro, um fôlego para a “concorrência”, dos dois lados do Atlântico, já que as bandas, com exceção dos Stones, estavam em plena atividade, tanto de composição de discos, quanto de shows.

Falando nisso, e para que não nos alonguemos muito, a “concorrência” tinha uma banda formada em Cambridge, em 1965, chamada “Sigma 6”, que, posteriormente, ao cair seu último bastião de blues – o guitarrista Bob Klose – mudou seu nome para “The Pink Floyd Sound”, uma homenagem a dois bluesman’s norte-americanos: Pink Anderson e Floyd Council, batizada pelo seu grande, histórico e líder nato (E GÊNIO) Roger Keith “Syd” Barrett.

 Partiu, principalmente, dessa “concorrência”, em Londres, a faísca que caiu na cabeça de Paul para a ideia e construção do disco. Explico:

O Pink Floyd, já rebatizado, era – e sempre será – a banda precursora e o grande expoente do psicodelismo inglês, quiçá do mundo, já que do outro lado do Atlântico, as outras que se lhe assemelhavam não faziam nem 10% do som psicodélico que o Floyd fazia, no estúdio e principalmente ao vivo.

O Pink Floyd no UFO

É. É a minha segunda banda. Senão a primeira, já que os Beatles é “our concour”.

Conduzida pelo seu líder, Syd Barrett, a banda era, nessa época, a grande atração do “underground” de Londres. Seus shows reproduziam com fidelidade os efeitos das visões de quem toma LSD, através de “slides” coloridos com óleo que eram mostrados no palco, que proporcionavam os tais efeitos. Foi a primeira banda da história a combinar música e som.

Neste mesmo período fértil, conseguiram um contrato com a EMI, a mesma gravadora dos Beatles; possuíam um excelente compositor: Syd Barrett; e tinham o endosso de Paul McCartney, que já os conhecia de suas andanças nos clubes de shows da cidade.

Foto da entrevista que Paul deu à TV, na época, defendendo a coisa psicodélica e, por tabela, o Pink Floyd.

Gravaram o disco “The Piper at the Gates of Dawn”, o melhor disco psicodélico da história, lançado em julho/agosto de 1967, um mês depois de Pepper, por conta da agenda lotada de shows da banda, e, claro, por conta também do lançamento de Pepper... E também devido às pressões da EMI para que o Pink Floyd lançasse um “single” de sucesso, após “Arnold Layne”. Naquele tempo, o mercado de discos era feito com sucessos – isto é, “singles”, compactos de 7 polegadas e depois as bandas lançavam um LP.

PIPER... Não é melhor do que PEPPER, mas é mais, muito mais PSICODÉLICO!!!!

Esta é minha edição nacional, em estéreo...



Syd Barrett é GÊNIO!!!!

Sgt. Peppers acabou também com isso. Inaugurou outra era no mercado fonográfico.

Daí  o Floyd gravar seu “doce” compacto “See Emily Play” (a garota que começou a perder a cabeça na brincadeira, o que, claro, era uma referência a uma usuária de LSD) e a não menos doce, “Candy and a Currant bun”. “Doces” era uma das gírias que os usuários referiam-se ao LSD, cujo consumo tornou-se proibido nos anos 1960.

O Floyd tocavas nos “Clubs”, isto é, nos clubes – assim se chamavam os locais de shows, na era pré-estádios e pré-arenas (“arena”... termo para designar um local de luta... ah, essas “modernidades”...). Dois destes merecem destaque, para a cena da “cidade do momento”: Marquee e UFO. No primeiro havia uma gama de bandas um pouco mais diferentes no som – The Move e Soft Machine revezavam as noites com o Floyd.

O famoso selo Harvest, da EMI em Piper...


Já no último, o UFO, foi o primeiro clube londrino onde a psicodelia local encontrou seu grande palco e, claro, a maior banda psicodélica da história tornou-se frequente por lá, tocando em quase todas as sextas-feiras, de dezembro de 1966, até o seu fechamento, outubro de 1967.

Show de luzes e som...

Quando estive em Londres – claro! – passei por lá, naquele local histórico, que recebeu e deu palco para minha grande banda e onde Syd Barrett consagrou-se. O prédio ainda existe, mas não tenho ideia do que abriga... Quem sabe as luzes psicodélicas ainda perambulam por lá?...

Meu CD, remasterizado em estéreo e em MONO, que é como Piper  - E PEPPER  - devem ser ouvidos... Pois assim foram gravados...

Outro clube de destaque, em Londres, era o Speakasy, onde o Procol Harum (banda psicodélica, que mais tarde viria a fazer rock progressivo) apresentou “A Whiter Shade of Pale”, com a presença dos quatro Beatles, no final de maio de 1967.

Paul McCartney era presença certeira em todos esses clubes. E foi o primeiro Beatle a conhecer e ouvir o que estava acontecendo na cidade. E a conhecer a ouvir o Pink Floyd, o maior expoente da cidade, assumidamente "ligada".
cartaz de janeiro de 1967.

"Ricky Tick" era outro Clube de Londres, onde o Pink Floyd levava o psicodelismo...

Daí, cai por terra mais uma lenda sobre Pepper, que muita gente achou - a ainda acha - que é coisa de Lennon, por que era o líder natural dos Beatles (era, até Pepper, mesmo) e que era considerado um decano dos malucos de plantão. Mas foi o mais "careta" dos quatro quem descobriu o submundo londrino, e o idealizou, transformou-o, sintetizou-o, comandou-o do início ao fim em o maior manifesto da ética hippie, jamais superado por qualquer outro, num disco, neste disco: a trilha sonora universal dos hippies.

Na próxima blogagem, vamos falar mais especificamente das músicas. Acho que já podemos contextualizá-las, no tempo e no espaço... Espaço de cujo qual nada mais, nada menos do que Syd Barrett (e o Pink Floyd) é o grande porteiro, selecionando os viajantes...

"Há coisas além de baterias e guitarras que devemos tentar. Nos últimos anos, estamos à vontade, considerando que as pessoas se acostumaram a comprar nossos discos... Podemos fazer o que nos agrada sem nos conformar ao padrão pop. Não estamos envolvidos apenas com música pop, mas com toda a música e há muita coisa para conhecer.". George Harrison, 1967.

"Percebemos pela primeira vez que um dias alguém estaria segurando algo chamado 'o novo disco dos Beatles', e normalmente isso seria só uma coleção de músicas com uma foto bonita na capa, nada mais. Então a ideia era criar algo completo com que a pessoa pudesse fazer o que preferisse; só que oferecido de forma mágica.". Paul McCartney, 1967.

"Sempre detesto ouvir partes de minhas músicas que não ficaram boas. Há partes em 'Lucy in the Sky' de que não gosto. Parte do som de 'Mr. Kite', não ficou bom. Gosto de 'A Day in the Life', mas não ficou tão legal quanto eu achava quando a fizemos. Creio que deveríamos ter trabalhado mais nela. Mas não levantei a bunda para fazer nada.". John Lennon, 1968.

"Pessoalmente eu não gosto mais de ser um Beatle. Toda essa coisa 'Beatle' é trivial de desimportante. Estou farto dessa ideia de eu, nós e todas as coisas sem sentido que fazemos. Estou tentando encontrar soluções para coisas mais importantes na vida.". George Harrison, 1967.

"Paul vinha ouvindo muita coisa de vanguarda(...). Ele tinha dito a John que gostaria de incluir uma passagem com esse clima vanguardista. Teve a ideia de criar uma espiral ascendente de som, sugerindo que começássemos a passagem com todos os instrumentos na nota mais grave, progredindo até a mais aguda, cada um a seu tempo.". George Martin, 1967.

"Brian Epstein com certeza temia que eles estivessem indo muito além da cabeça do público - particularmente com 'A Day in the Life' - . No que lhe dizia respeito, os Beatles se resumiam a shows ao vivo e garotas gritando. Ele achava que a banda se enterraria no próprio traseiro se continuasse a fazer aquela merda esquisita... Eu presenciei o final de uma conversa. Ele estava muito descontente com a direção tomada, e Paul o tranquilizava, 'Vai dar tudo certo. Todo mundo vai adorar.'". Miles

"Gravar foi muito simples. Trabalhamos no primeiro trecho, que era de John, e então Paul disse que tinha alguma coisa. Então gravamos esse trecho. Mas havia esse espaço gigante entre os dois, então contamos os compassos e pensamos em preencher depois. Nesse ponto já nos sentíamos à vontade no estúdio e com que tentávamos fazer. Fazia parte do jeito como trabalhávamos... Não sentávamos e reclamávamos, 'Ai, meu Deus, olha o que estamos fazendo.' Era simplesmente 'Vamos fazer isso'.". Ringo Starr, 1987



Paz e amor, sempre, a todos...


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