domingo, 17 de junho de 2012

PAUL MC CARTNEY: 70 ANOS!


Boa noite a todos vocês,

Amanhã – 18 de junho, Paul McCartney completa 70 anos.

Vamos falar um pouco de nosso “Macca”, para que embelezemos ainda mais estas linhas deste blog, com seu carisma, seu humor tipicamente inglês e sua genialidade musical, marcas históricas de uma carreira brilhante, que deveria servir de exemplo para muita gente que “se acha” por aí, quando o assunto é música e, mais especificamente, rock.

James Paul McCartney em Liverpool, em 18 de junho de 1942, filho de James “Jim” McCartney e Mary Patrícia Mohin.

Teve uma infância não muito tranqüila, devida às constantes mudanças que a sua família fazia, porque sua mãe era funcionária da Prefeitura de Liverpool.

Iniciou seus estudos no Liverpool Institute, em 1953, uma escola tradicional e muito bem conceituada daquela cidade, onde estudavam futuros juízes e políticos da Inglaterra. Entretanto, Paul não era bom aluno, fazendo pequenos furtos nas lojas, para conseguir “itens de primeira necessidade”.

Com o falecimento de sua mãe, de câncer nos seios, em 1956, seu pai teve que tomar conta da família. Aliás, quando os Beatles ainda não eram “Beatles” (The Quarrymen), no início da carreira, muitas vezes os rapazes iam à casa de Paul para ensaiar e “Jim” preparava chá e bolo para eles, naqueles dias exaustivos. Portanto, seu pai teve de também assumir as tarefas de casa, para poder criar os filhos (Paul tem mais um irmão).

O desencarne de sua mãe levou-o a citá-la em “Let it be” (“Mother Mary comes to me...”).

Mesmo com a piora da situação da família, seu pai, amante de Jazz, presenteou-o com um trompete e, mais tarde, com um violão Zenith, ainda hoje em seu poder.

Amante do rock, Paul conheceu John Lennon num festival na Igreja de St. Peter, em Woolton, quando os Quarrymen haviam tocado lá quase três anos antes, em 6 de julho de 1957. Com 14 anos, Paul já era um músico talentoso, na observação de John, sabendo, inclusive, afinar o seu violão sozinho, coisa que nem mesmo John, líder dos Quarrymen sabia.
A maior banda de rock de todos os tempos apresenta-se no programa de Ed Sullivam, em 18 de fevereiro de 1964 e invadem os EUA, abrindo as portas do rock inglês para aquele país...

John, por sua vez e, como líder da banda, convidou Paul, através de um amigo em comum, a participar dela, e Paul aceitou.

Foi questão de tempo, então, de Paul apresentar seu amigo a John: George Harrison, em 1958. John também aceitou George no grupo. Paul e George estudavam juntos, no mesmo colégio e começaram a tocar guitarra também juntos, ora na casa de um, ora na casa de outro.

Segundo Cynthia Lennon, John e ela “iam comprar peixe e batatas fritas (“fish and chips”, o prato mais popular da Inglaterra), do outro lado da rua, quando George e Paul vinham na hora do almoço” (do livro “John”, da mesma autora).

Estava formada, a partir de então, a maior parceria de compositores da história do rock – e por que não, da história da música: Lennon-McCartney.

Paul, apesar da liderança de Lennon, sempre esteve à frente de seus amigos de banda, no que toca à criatividade e à sustentação da mesma. Aliás, isso aconteceu com maior frequência, quando os problemas internos de John começaram atrapalhar sua brilhante carreira – nos idos de 1966, onde Paul “tomou a frente”, não só da criação das músicas, temas, etc., mas também como liderança mesmo dos Beatles.

Nos momentos finais da banda – 1968 em diante, Paul era o único que ligava na casa dos outros três para que se reunissem e fossem gravar algo. Sempre, até o final, quis manter os Beatles unidos e, quando viu que nenhum dos outros três quis mais manter os Beatles, deu a primeira declaração do fim da banda, sendo, durante um tempo, extremamente injustiçado por jornalistas mal informados, que o intitulavam de o “responsável pelo fim dos Beatles”.

Paul foi o grande idealizador impulsionador do maior disco de rock de todos os tempos: “Sgt. Peppers Lonely Hearts Club Band”, de 1967, também compondo a esmagadora maioria das músicas dos Beatles, a partir deste disco.
Paul "segura" o Pepper, praticamente "seu fiho",
na festa de seu lançamento,  1º de junho de 1967, em meio ao "verão do amor".

Este ano – 1967 – marca também o falecimento de Brian Epstein, empresário dos Beatles, fato que desestruturou completamente a banda, que se perdeu no meio das finanças e na administração dos negócios atinentes aos Beatles. Paul teve que tomar a iniciativa – John estava completamente perdido por Yoko, George simplesmente não via mais sentido em pertencer aos Beatles, que o tolhia em suas composições e Ringo nunca se deu mesmo para estas coisas, permanecendo chateado pelas brigas - para conduzir as coisas, indicando seu cunhado para dirigir os negócios, mas John e George foram contra, pois queriam Allan Klein, antigo empresário dos Stones. Aí começaram as brigas. Era o começo do fim da maior banda de rock que já se viu.

Sempre foi o mais comedido dos quatro e, também não deixava de responder ao mundo quando se lhe pedia a opinião nas questões graves que sempre nos envolviam. Foi o último Beatle a experimentar LSD e foi o primeiro a deixar.

“Macca”, com o fim dos Beatles, iniciou sua bem sucedida carreira solo, e logo depois formou o Wings, que acabou no final dos anos 1970, voltando ele novamente em vôo solo, convidando grandes músicos para tocar com ele (David Gilmour, do Pink Floyd: o solo em “No more lonely nights” é dele; e também Ian Paice, baterista do Deep Purple, entre outros), até entrar para o Guinnes Book, com o show no Maracanã, em 1988.
Minha irmã e minha cunhada, na fila para entrar no show... 


Olha a tchurma aí, pessoal!!! Salve Paul Mc Cartney!!! (com exceção do "tédio" do meu sobrinho... Mal sabia ele o que tudo aquilo significava...



Vista do palco e do telão... SHOW DE BOLA!!!...

Em 1993 – 3 de dezembro, um sexta-feira, mais especificamente - , tivemos, eu e minha irmã, a oportunidade de vê-lo num show maravilhoso e inesquecível para um Pacaembu deslumbrado.

Recentemente, em 22 de novembro de 2010, estivemos no estádio do Morumbi, novamente, para ver Sir Paul McCartney – eu, Marluce – minha esposa, Elaine, Amarildo - irmãos, Alani - cunhada e Geogre – sobrinho, num dia daqueles, típico paulistano: uma baita chuva, impiedosa e, na hora em que começa o show, como se Deus ali estivesse e determinasse a parada dela, instantaneamente – e ela parou, Paul inicia sua segunda noite de show – cerca de 2h40 min, com minúsculos intervalos e uma energia de dar inveja a qualquer vocalista destas bandinhas de hoje em dia, tocando, inclusive e pela primeira vez, composições de John e de George. Dá para imaginar que emoção?
Paul e seu inseparável baixo "Hofner", no show do Morumbi - 22/11/2010.

É por tudo isso que James Paul McCartney merece uma blogagem especial, de nossa parte: Parabéns, Paul. 70 anos e mais de 50 de rock and roll. Nesta idade, com este pique, você não precisará de “With a little luck”!!!
Ói nóis aí, na chuva - e no friiiiio, naquele dia histórico!!!

Salve Paul Mc Cartney!!!






quarta-feira, 13 de junho de 2012


Olá, para todos,

Datas, tempos, anos... Há alguns momentos em nossa vida que nos são mais marcantes, que parecem ser gravados em nosso perispírito com mais profundidade: o primeiro brinquedo, os primeiros dias em que recordamos da nossa existência, mãe, pai, irmãos, escola...

Esta blogagem remeter-nos-á até o ano de 1982, um desses anos que marcam a gente... E comigo não foi diferente.

Reiniciava os estudos primários – antiga 2ª série e lembro-me de que, logo no começo do ano eclodiu a malfadada GUERRA DAS MALVINAS, uma disputa imbecil entre uma ditadura sangrenta – e igualmente imbecil - e uma coroa imperialista, não obstante eu gostar das duas nações, mas que, como sempre, seus governos deixam a desejar.

Via e ouvia alguns aviões militares – para cá e para lá – fazendo “manobras” em nosso céu. É interessante notar o papel do Brasil no episódio, pois é de sobejo conhecimento de todos a RIVALIDADE das ditaduras brasileira e Argentina (exceto quando se tratava de torturar e/ou matar/sumir com os chamados “subversivos”. Basta vermos a chamada “Operação Condor”...)e do histórico alinhamento brasileiro com os EUA, que obviamente sempre foram alinhados à Inglaterra... Que dúvida cruel, não?...

Bola adidas, da Copa de 1982: Linda.

Lembrando sempre que, também vivíamos ainda sob a chamada “Guerra Fria” entre os stalinistas, representados por aquele monstrengo da URSS e os velhos capitalistas de sempre – EUA, e suas respectivas esferas de influência, seus “satélites”, ou suas colônias, que sempre foram exploradas, tanto de um lado como de outro. Tempos difíceis aqueles, de hiperinflação (os mais novos não lembram mesmo) e de dificuldades, para muitos.

Como eu era muito criança não ligava muito para tudo isso, não. Meu lance mesmo era empinar quadrado, jogar bola e ficar na rua o dia inteiro (eu e os nossos cachorros... Principalmente o Totó... Aliás, não sei quem mais ficava na rua, se era eu, ou ele...).

Tinha os meus amigos que me acompanhavam: Maurício e, de vez em quando o Jayson (acho que é assim) e, claro, o Fernando, que desencarnou recentemente, vítima de acidente automobilístico.

Assistíamos ao futebol na “Rede Record” (em preto e branco. Não tínhamos TV em cores aqui em casa, na época), eu e o Anselmo, à noite, naquelas transmissões do Silvio Luiz, que tirava barato de tudo – principalmente quando o jogo era na Vila Belmiro, onde havia uma casa, atrás do gol do lado direito da tela, e o Silvio Luiz ficava “conversando” com os moradores de lá...

Depois, de dia, conversávamos, todos nós, sobre o jogo da noite passada e das piadas do Silvio Luiz. BONS TEMPOS!!!...

Eis aí o clima para a Copa do Mundo que se aproximava... A COPA DO MUNDO DA ESPANHA – 1982!!!.

Logo da Copa

Época também de colecionarmos figurinhas... “Bater figurinhas” na escola, com o Gilberto (este virava 500 fácil, fácil). De vez em quando, comprávamos o chiclete PING PONG (era caro, viu?), onde saíam as figurinhas dos jogadores... Uma verdadeira COQUELUCHE na escola (muito, mas MUITO diferente de hoje em dia...).

Mascote: O Edmur tinha um pendurado no espelho do Fuscão...

13 de junho de 1982. 13 de junho de 2012: Há 30 anos começava a Copa da Espanha. O jogo: Argentina – atual campeã, versus Bélgica. Fazia sol, lá no jogo e aqui também. A Argentina perdeu por 1 a 0, gol de “Van Der Bergh”.

Alguma coisa sempre me dizia que eu DEVERIA TORCER, além, claro, para o Brasil, mas também, na falta deste ou paralelamente, para os países sul-americanos, e para os países do Leste Europeu: Iugoslávia, URSS, Hungria, Polônia, etc. Depois de muito tempo eu percebi que, na verdade, isto tudo estava dentro de mim, já durante meu engajamento na Política (não esta que se pratica por aí...)... Com “P” maiúsculo, a única que vale a pena...

Tive a oportunidade de acompanhar a Copa inteira, pois estudava pela manhã, e os jogos eram transmitidos, pela Globo, à tarde - que, para variar, tinha o monopólio exclusivo das transmissões.

Álbum de figurinhas que colecionei: capa e contracapa.

Vi jogos e seleções MEMORÁVEIS: França X Inglaterra, Polônia X Inglaterra, França X Alemanha, na semifinal (talvez, um dos mais emocionantes que vi, em toda a minha vida). Até a Áustria, que tinha e tem tanta tradição em Copas do Mundo quanto um timinho aí, da marginal sem número, tem na Copa Libertadores – ZERO – tinha um timaço e, só não foi mais longe porque “pegou” adversários de peso pelo caminho, como a França, que tinha “só” PLATINI (e TIGANÁ) e fez um jogo ÉPICO (não custa repetir!) contra a Alemanha nas semifinais: 3 x 3, com direito à prorrogação sofrida e 5 x 4 nos pênaltis, para a Alemanha, onde SCHUMACHER pegou até pensamento e RUMMENIGGE jogou até “gastar” e levou a Alemanha às finais; outra que “deu trabalho” também foi a Polônia, com seu mega-artilheiro BONIEK, que parou nas semifinais, frente à Azurra; e, claro, TODOS OS DO BRASIL.



As duas primeiras páginas do álbum...


Foi uma Copa – e a ÚLTIMA - onde o nível técnico das Seleções era muito parecido e ALTO (hoje é parecido e BAIXÍSSIMO), tanto é verdade que, apesar da TRAGÉDIA DE SARRIÁ, a Azurra TINHA UM TIMAÇO, um amontoado de craques, que, não só superou a melhor – O BRASIL - , mas também outra, a ALEMANHA, na final, num jogo ÉPICO...


Todos os que eram regularmente convocados... Mas nem todos foram à Espanha...

Destaque, claro, para a maior goleada da História das Copas: Hungria 10 x 1 El Salvador. A histórica seleção húngara massacra os debutantes caribenhos...

O Brasil chegou como franco favorito para esta Copa. Também, pudera: Havíamos vencido, na preparação, adversários como a URSS (que sempre formou timaços, mas SEMPRE FOI ROUBADA NAS COPAS), Alemanha, Inglaterra (dentro de Wembley, pela primeira vez).

"Folder" promocional da Copa.

Foi, também, talvez, a ÚLTIMA “SAFRA” de craques (CRAQUES, MESMO, não são como alguns se denominam, ou que a mídia gosta de endeusar, nos nossos dias) que o Brasil produziu. Uma seleção que tinha não um “banco de reservas”, mas, sim, um “SOFÁ”: Falcão, Roberto Dinamite, Renato “pé murcho”, Dirceu, Batista... Imaginem vocês, que não viram este time, os titulares: Zico, Sócrates, Leandro, Júnior, Oscar, Eder, Serginho... E ainda deu-se ao luxo de deixar outros por aqui: Leão, Luís Pereira (em fim de carreira, mas jogava muito, ainda), Jorginho, Dicá, Zenon, Careca, Perivaldo, Baltazar, Pedrinho, Caçapava, e outros... Difícil, jogar bola, nesta época?...

A "atual campeã" Argentina, com Mario Kempes, que foi cortado para a Espanha.

Nos jogos do Brasil, havia uma grande expectativa, portanto, em torno do título, sempre atiçada pela Globo, que, para variar, desconsiderava e subestimava o “outro lado”, no seu já conhecido ufanismo (depois veio as Diretas, que a Globo NÃO ENTROU, de início, dado o seu compromisso com a ditadura dos generais e a “morte” do Tancredo, que virou SANTO, da noite para o dia).

O futebol que se praticava, em todo o mundo, era de ALTA QUALIDADE, com algumas diferenças técnicas e táticas entre as seleções. É evidente que o Brasil sempre entrará em qualquer campeonato de futebol como franco favorito, mas, em 1982, tínhamos a certeza de que isso ocorreria, diferente de hoje em dia, que ficamos sempre com aquela impressão: “Será?”, “Acho que vai dar...”. Não. Não tínhamos este “acho”, em 1982.

Dá para vocês, que não viram a Copa, imaginarem o que significa, para nós, que a vivenciamos, A TRAGÉDIA DE SARRIÁ? Aquele “terceiro gol de PAOLO ROSSI PARA A ITÁLIA”, narrado por Luciano do Valle, naquela tarde de domingo, 5 de julho de 1982? Só comparada com a final da Copa de 1950, para vocês terem uma ideia...

O baita time da Itália, campeã de 1982.

Não. Não era um fenômeno de mídia, como hoje em dia. Não era. O Brasil SABIA JOGAR, com classe, futebol de primeira, dava show e ganhava os jogos.

O primeiro jogo foi contra a URSS, que saiu na frente, com um FRANGO do Valdir Peres e FOI ROUBADA pela arbitragem, isto é certo, com um gol mal anulado e, pelo menos DOIS PÊNALTIS não marcados... Mas o Brasil acabou virando o jogo, com Sócrates, numa cacetada de fora da área e, no finalzinho do jogo, com Eder, em outra cacetada, no ângulo de Dassayev (O MELHOR GOLEIRO QUE VI JOGAR... Pegava até vento...). Este jogo, aliás, assisti aqui na minha vizinha, com seu pai (“Seu” Souza) e meu pai, que estava passando alguns dias aqui em casa, longe do hospital, na época.

A União Soviética e seu timaço: destaque para Dassaev, o melhor goleiro que vi jogar...

Fomos para o segundo jogo, contra os bêbados (brincadeirinha!!!) da Escócia: Saímos perdendo, novamente, depois de um outro FRANGO de Valdir Peres; mas, aí a máquina de craques do Brasil virou o jogo: 4 x 1!!!, com show de Zico, Falcão, Júnior e cia. Ltda.

Depois, veio o jogo contra a NOVA ZELÂNDIA, debutante em Copas do Mundo: Outro show, com direito a gol de bicicleta de Zico e tudo: 4 x 0.

Saíamos gritando feitos loucos, todos nós, nas ruas.

Com o passar do tempo, esta certeza que dissemos alhures só crescia. Futebol de “encher os olhos” do mundo.

Passada a fase de grupos, fomos para a segunda fase, em primeiro lugar. O sistema de disputa era diferente do que temos hoje: fazia-se uma triangular (novo grupo) entre o primeiro de um grupo, o segundo de outro e o terceiro melhor colocado de outro: na seqüência: Brasil, Argentina e a Itália, esta última o grande “azarão” da segunda fase, já que se classificou na “bacia das almas”, com TRÊS EMPATES na primeira fase, com um gol salvador, no último minuto, contra o “esquadrão” de Camarões: 1 x 1.

Jogaram, entre si, então estes três: no primeiro jogo do grupo, o Brasil – fora o show – despachou a Argentina: 3 x 1, no estádio de Sarriá – Barcelona. É preciso dizer que a Argentina, além de ser a atual campeã do mundo, tinha também um timaço: Fillol, Maradona, Ramón Diaz, Ardiles, etc.

Já no segundo jogo, a Itália derrotou, também, a Argentina: 2 x 0. A decisão, então, para quem passaria à próxima fase ficou entre Brasil e Itália, com o Brasil levando a vantagem, no número de gols marcados.

Tudo preparado, tudo ajeitado, então, iríamos enfrentar o chamado “azarão” Azurra.

A Azurra prepara-se mais uma vez...

O jogo, também, foi um dos mais emocionantes. Um jogaço de futebol. Duas seleções de craques, mesmo, como vocês poderão ver aí no “youtube”...

Era o fim do FUTEBOL ARTE, quando, a preparação – principalmente psicológica e física – ganharam destaque nas competições: não valia apenas ter técnica, mas, acima de tudo, PREPARO. E é isso que vemos hoje em dia: além deste PREPARO, outros tipos de “preparo”: ajuda de arbitragem - toda ela comprometida e corrompida, porque o futebol deixou de ser apenas um espetáculo desportivo, que se ouvia preferencialmente pelo rádio, para virar pirotecnia e carro-chefe de audiência da televisão – vide Corinthians, Flamengo, etc., com muita grana e interesses outros rolando nos bastidores.

O que restou foi apenas o sonho – e por que não, a lição de ver a melhor seleção – senão a melhor de todos os tempos – não vencer.

Fica aí a dica para todos vocês, que não tiveram a oportunidade de ver tudo isso e que, algum dia, jogou-se futebol no Brasil... Há exatamente 30 anos atrás...

O Estádio – de Sarriá – , em Barcelona, não existe mais. Foi demolido. Ainda bem. Mas, a Seleção de 1982 jamais sairá de nossas retinas. E, evidentemente, quem a viu, na época, sempre será um cético e um crítico contumaz do atual estágio em que se encontra o futebol brasileiro, sob todos os aspectos... Haja saco, com o perdão da palavra, para agüentar...

Local da tragédia: Estádio de Sarriá, onde também o Brasil "deu um baile na Argentina...

Até o meu Palmeiras, que, na época, estava no auge da chamada “fila”, que formava equipes tão tenebrosas quanto ela mesma, sempre pessimamente mal administrado, cheio de brigas internas (isto é de loooooooooonga data!...) era melhor que qualquer time de hoje em dia. Disparado.

Brasil: Valdir Peres, Oscar, Leandro Luisinho, Paulo Isidoro, Júnior, Batista Sócrates, Serginho, Zico e Eder. Técnico: Telê Santana.



Att,

Alex.

Ps.: Pessoal, fiquem de olho na turma da tal "Rio+20". Vamos ver quem é quem nesta parada. Aliás, já há um forte movimento para a volta das terríveis sacolinhas aos supermercados. Parte de onde? Guarulhos (tinha que ser...). Lamentável.

sábado, 2 de junho de 2012

“VOCÊ PENSA QUE EU SOU LOKI, BICHO? SOU MALANDRO VELHO, E NÃO TENHO NADA COM ISSO!"”

Boa noite a todos,

Um pouco atrasada, mas em tempo, esta blogagem vem trazer o show de ARNALDO BAPTISTA no TEATRO MUNICIPAL DE SÃO PAULO (teatro maravilhoso!!!), no dia 5 de maio, passado (dia em que minha mãe completaria 71 anos).


O Teatro Municipal de São Paulo, em seu saguão principal...

Bem, começou com a verdadeira EPOPEIA para conseguirmos ingressos porque, tudo o que diz respeito à Cultura, em nosso país, por razões óbvias, é bem BAGUNÇADO, mesmo, pelo menos no que toca à responsabilidade do Poder Público e daqueles que detêm o poder. Aliás, até o caráter ENTUSIASTA da chamada VIRADA CULTURAL tem lá o seu viés “pirotécnico”.

A Cultura mesmo, como INSTRUMENTO de autoconhecimento e consequente TRANSFORMAÇÃO INTERIOR E SOCIAL fica LONGE, MAS MUITO LONGE disso tudo. Mas, para um povo que praticamente desconhece e quase não tem acesso à Cultura, até que a tal VIRADA CULTURAL serve para alguma coisa...

Não. Não me recriminem por “criticar” este evento que é quase uma unanimidade (mas, lembrem-se: toda unanimidade é burra!).

É que o objetivo destes eventos pirotécnicos é mesmo de mero entretenimento, o que, evidentemente nada tem a ver com Cultura, em sua expressão mais concreta.

Imaginem vocês que, quando Hitler chegou (pelo voto...) ao poder, na Alemanha, não teve como preocupação primeira, digamos, arrasar com as “raças impuras”, mas sim, ESMAGAR TODAS AS MANIFESTAÇÕES CULTURAIS, tanto de seu país, quanto dos outros, pilhando obras de arte (e não apenas porque eram “bonitinhas” ou valiosas, financeiramente).

A partir da escadaria, naquela noite memorável...

Dá para percebermos, então, por aí que CULTURA DEMAIS É MUITO PERIGOSO PARA OS PODERES CONSTITUÍDOS, quaisquer sejam eles.

Então, de repente, às vezes a gente BRINCA DE CULTURA: “Panis et circenses”, com sempre... E, aliás, é justamente do que vamos falar... Não de pão e circo, mas, de um dos precursores do Tropicalismo e - por que não? - do rock nacional...

Falar de Arnaldo Baptista aqui é como se estivéssemos falando de um Paul Mc Cartney, de um George Harrison, por exemplo. É “chover no molhado”. Os Mutantes merecerão, em breve, uma blogagem ESPECIALÍSSIMA, como já havíamos prometido, assim como os Beatles estão sendo tratados por este blog.

Trabalho do Arnaldo, no telão, antes do início do espetáculo.
 Mas, o que queremos, com esta blogagem, é expressar o nosso contentamento e o nosso júbilo por ter tido a oportunidade de vê-lo tocar e cantar, depois de tudo o que ele passou. Estávamos, eu e minha esposa, EM ESTADO DE GRAÇA.

No telão, imagens psicodélicas abrilhantavam ainda mais nosso grande Arnaldo...

Bastava, para nós, ali estar, para impulsionar tudo de bom para o nosso querido Arnaldo.

Evidentemente foi uma noite inesquecível e VALEU CADA MINUTO das QUATRO HORAS que minha esposa ficou na fila para conseguir os ingressos.

FORÇA, ARNALDO!!! ESTAMOS COM VOCÊ!!!

Continue assim, alegrando a todos nós, com seu brilhantismo e sua genialidade, pois a Arte, a música precisam cada vez mais de gente assim, como você, que jamais traiu seus princípios, o que pensa e quer para o mundo e jamais teve vergonha de expressar-se desta maneira...

Quem quiser mais informações sobre o Arnaldo Baptista, comprem ou aluguem o filme “LOKI”. É baratíssimo, e vocês não vão se arrepender. Tenho certeza!

Fica aqui, então, a sugestão de hoje.

Chegada triunfante ao Teatro...

Minha querida esposa e companheira...

Att,
Alex


PS. Agora em junho estaremos comemorando DUAS DATAS MARCANTES: o aniversário de 70 anos de Paul McCartney (18 de junho) e os 30 anos da Copa do Mundo de 1982 (13 de junho), na Espanha, quando ainda se praticava futebol de qualidade (que saudade!!!), que merecerão destaque por este blog